Situado em uma área nobre de Campo Grande, espaço chama a atenção por suas belezas naturais
Por Brenda Leitte – Jornal O Estado do MS
Localizado em uma das áreas nobres de Campo Grande, o Parque Itanhangá, situado no bairro de mesmo nome, é um dos pontos mais visitados da região. Conhecido por muitos pelo belo cenário para ensaios fotográficos e por quem deseja realizar uma caminhada ou levar as crianças para passear, mesmo com tanta beleza natural, alguns frequentadores contaram a O Estado – para a série de reportagens especiais sobre a qualidade dos parques distribuídos em diferentes regiões da Capital – que a principal queixa dos frequentadores do local é a falta de banheiros públicos.
Conhecida popularmente e nomeada como Praça Itanhangá, na verdade, o seu verdadeiro nome é Praça Lúdio Martins Coelho Filho, em homenagem ao prefeito em 1985. Com três nascentes de água, o parque encanta quem o visita, com suas matas, e as pequenas pontes, que são cenário para sessões de fotos de muitos dos campo-grandenses.
Oferecendo lazer, com pista de caminhada, parque infantil, academia ao ar livre e quadra esportiva, o coreto e o chafariz (desativado) dão charme ao lugar. Contudo, uma das questões levantadas pelos frequentadores e moradores das proximidades é a falta de banheiros no local.
Levando os filhos para passear, acompanhado da esposa, Ederson Nogueira, de 38 anos, relatou que sempre sofre com o problema da falta de banheiros para levar os filhos no parque. “A praça é muito bonita, mas não ter um banheiro estraga com o passeio. Criança é imprevisível, e é algo tão básico, de utilidade de todos. Não vejo motivos para não instalarem um banheiro aqui, tenho certeza de que, assim como nós, várias outras famílias já devem ter passado por esse apuro”, relatou o pai de família que optou por ir embora com as crianças, para que pudessem ir ao banheiro.
Além disso, Ederson também falou sobre algumas regras do local que em sua opinião deveriam ser repensadas, uma vez que prejudicam quem quer realizar algum esporte ou atividade com os filhos. “Ao chegar nos deparamos com uma placa que proíbe bicicletas e skates. Aqui é um local de lazer, seguro. Onde nossos filhos vão andar de bicicleta, se não for em uma praça?”, questionou ele. “O parquinho tem suas limitações de brinquedo, então concluímos que não é um lugar atrativo para as crianças. Mas para caminhar, fazer um piquenique com a família, a paisagem é ideal”, completou.
Falta de segurança causa receio
A segurança também foi um dos pontos citados por quem frequenta o espaço. Para Flávia Ortega, de 28 anos, o local é uma ótima opção para quem quer curtir um pouco da natureza, mesmo em meio à cidade. Lanchando ao ar livre com uma amiga, e fazendo trabalhos de artesanato, a jovem costuma ir ao parque somente durante o dia, já que no período da noite a falta de segurança a deixa receosa. “Trabalho aqui perto e gosto de vir sempre aqui. É um lugar gostoso de ficar, de sentir a natureza e passar o tempo. Viemos tomar café, conversar e produzir, mas tudo isso durante o dia. No período da noite, é mais escuro, não vejo segurança, então prefiro evitar”, contou ao jornal O Estado.
A praça, que na verdade é uma reserva ecológica, pois sua principal função é a de proteger a nascente do Córrego Vendas, que fica dentro da área, é bastante visitada por moradores da região para a prática de exercício físico. Com apenas uma quadra esportiva na praça, jovens se reúnem e se organizam para jogarem em alguns dias da semana, no período da noite, é o que relatam alguns moradores que residem próximo da praça
Vale destacar, que a Funesp (Fundação Municipal de Esportes) utiliza o lugar para promover atividades físicas em grupo, como, por exemplo, a realização de oficinas de alongamento e treinamento funcional, que acontecem às terças e quintas-feiras, no período da manhã.
Prefeitura promete revitalização
Questionada pela equipe do jornal O Estado, a Prefeitura de Campo Grande já tem um projeto previsto para o local, que inclui a reforma do parque, com obras de revitalização do parquinho infantil e da quadra de esportes. Além disso, pontuou que o local, que é fechado no período noturno e abre às 5 horas, recebe rondas diárias do efetivo da GCM (Guarda Civil Municipal). Com relação à problemática da falta de banheiros no local, quando questionada, a prefeitura não respondeu sobre o assunto, nem mesmo sobre uma possibilidade de instalações futuras.
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