Polícia investiga suposto caso de tráfico de menores em Campo Grande

Foto: Marcos Maluf/O Estado Online
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A PRF (Polícia Rodoviária Federal) prendeu em Campo Grande na última sexta-feira (19), uma mulher acusada de transportar ilegalmente um menino de 7 anos até Sorriso (MT). O caso se desdobrou até esta segunda-feira (22), pois a suspeita alega que possuía a autorização da mãe para transportar a criança, mas a situação foi causada por um erro no cartório.

Nesta segunda-feira, a advogada de defesa dos envolvidos no caso, Áurea Rodrigues, alegou que a viagem foi um pedido da mãe da criança e que, como viram que a procuração estava como destino para o estado da Bahia, foi considerado como tráfico de pessoas. “Vamos pedir a revogação, em nenhum momento ela quis doar a criança.”

Segundo a delegada titular da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Anne Karine Trevizan, a criança passou por depoimento especial na delegacia e a mesma confessou que sabia que seria adotada, não confirmando que a mãe iria para a cidade que viajava.

“Vamos verificar a participação da mulher que levava a criança, se outras pessoas estão envolvidas, quantas crianças já foram levadas, o que recebiam. A mãe disse que a criança seria adotada provisoriamente, pois em breve ela iria para a mesma cidade, o que verificamos que não é verdade”, revela Anne.

“A criança revelou também que a mãe está desempregada, usava bebidas alcoólicas diariamente e os cuidados eram precários.  Além disso, que uma outra irmã dele também havia sido adotada. Vamos identificá-la para começarmos a fazer a oitiva dela”, completa.

Foto: Marcos Maluf/O Estado Online

Versão contraditória

Na porta da delegacia, a mãe da criança conta que não tem condições de criar o menino e que conhecia Elizangela a longa data, pois ela sempre a ajudava com mantimentos. “Fiz por necessidade eu não estou com condições, meu filho estava passando até fome.”

“Chegou o momento que decidi que não queria mais isso para ele, procurei o CRAS (Centro de Referência da Assistência Social), que até hoje não realizou a visita. Então procurei ajuda, ela sempre e me ajudou e deu as coisas para o meu filho”, conta.

“Propus essa ajuda para melhorar a nossa situação. Fui ao cartório e fiz a autorização para viagem, não esperava que daria tudo isso. Não existe adoção em nenhum momento, inclusive, eu iria morar com meu filho, só o mandei ele para ir a frente”, finaliza.

Com informações dos repórteres Willian Leite com Marcos Maluf

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