PF deflagra operação contra entrada ilegal de imigrantes no Brasil

Divulgação/ PF
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Equipes da Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (1), a Operação Náuatle, que investiga a atuação de grupos criminosos que promoviam a entrada de imigrantes ilegalmente em território nacional pela cidade de Corumbá, município brasileiro que faz fronteira com a Bolívia. 

Foram cumpridos na manhã de hoje, 26 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão preventiva em grupos criminosos que gerenciavam a entrada ilegalmente desses imigrantes no Brasil. 

Segundo a PF, as investigações iniciaram há cerca de seis meses, após a Polícia Federal identificar um aumento expressivo do fluxo migratório irregular na região de fronteira entre Brasil e Bolívia. 

De acordo com informações policiais, os grupos criminosos investigados funcionavam com atuação de coiotes, que introduziram os imigrantes em território brasileiro burlando a fiscalização migratória, isto é, sem autorização para entrada ou permanência em território nacional, mediante cobrança de valores em dinheiro.

 Assim que os imigrantes chegam no Brasil, eles eram colocados em um ônibus clandestino e eram conduzidos, em grande maioria, até  a capital paulista, onde eram empregados no setor de indústria têxtil, muitas vezes em condições de trabalho degradantes.  

Muitos desses imigrantes acabavam sendo recrutados pelo narcotráfico para servirem como “mulas”, transportando drogas para o Brasil e retornando com dinheiro em espécie para a Bolívia (cash courier).

Esse esquema de ilegal contava com a participação de empresários do ramo de transporte de passageiros, que disponibilizavam ônibus para a realização do transporte dos imigrantes sem conhecimento e autorização dos órgãos de controle, além de motoristas de aplicativos, que atuavam no transporte transfronteiriço dessas pessoas ou como batedores, visando dificultar a fiscalização por parte da polícia. Até o momento foram apreendidos valores ainda não contabilizados e documentos que serão objeto de análise. Duas prisões preventivas ainda estão pendentes de cumprimento.

Os investigados poderão responder pelos crimes de promoção de migração ilegal, organização criminosa e lavagem de dinheiro, conforme o aprofundamento dos trabalhos investigativos.

O nome da operação é uma referência à língua e ao povo Náuatle, de origem asteca, que deram nome ao coiote, como são conhecidos os criminosos que promovem a introdução de imigrantes ilegais em território de outro país.

 

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