Padrões de energia e fiação elétrica são os novos alvos dos furtos em Campo Grande

Fiação
Foto: Valentin Manieri

Em uma mesma rua, criminosos fazem arrastão e levam 12 relógios de energia em condomínios

Por Suelen Morales – Jornal O Estado

Conforme já noticiado pelo O Estado, os furtos tiveram alta de 37% em Campo Grande. No último fim de semana, um arrastão foi realizado na Rua Anhanguera, em Campo Grande, onde 12 padrões de energia elétrica foram furtados de condomínios residenciais.

Cabe destacar que uma nova ligação e um novo relógio, junto à Energisa, custam em média R$ 500 aos consumidores.

A Polícia Militar de Campo Grande informou que realiza o patrulhamento ostensivo e preventivo diuturnamente, por meio do Bope, Batalhão de Choque, Batalhão de Polícia Militar Ambiental, entre outros, para coibir ilícitos, como os furtos de relógios de energia e fiação elétrica.

“Em média na área central temos pego em flagrante pelo menos um delito de furto por semana. Já diminuiu bastante, anteriormente estava acontecendo de dois a três furtos por dia, só na área central. O Comando da PM tem aumentado as ações de fiscalização”, afirmou o comandante do 1º Batalhão da Região Central da Capital, coronel Anderson Avelar.

Cabe reforçar que é extremamente importante que a população registre o BO (Boletim de Ocorrência) junto às delegacias. “O primeiro contato é pelo 190 para fazer a denúncia. Mas, depois, o cidadão precisa ir até a delegacia registrar uma ocorrência, para que gere estatística, aumente a fiscalização”, ponderou.

Já o delegado de Polícia Civil Felipe Alvarez ressaltou que houve um aumento nos registros de ocorrências desse tipo, nos últimos dias. “Geralmente são crimes praticados por usuários de drogas pela facilidade de vender esses materiais a receptadores. As investigações estão prosseguindo, e algumas ações mais concretas sendo tomadas.” Por sua vez, a Energisa esclareceu que os clientes registrem o BO.

Na outra ponta, quem sofre são os moradores que vivem na incerteza e com medo diante do aumento da criminalidade. O morador da Rua Anhanguera, na Vila Piratininga, Jander Guimarães Freire, 26, contou que acordou no domingo (28) e todas as casas do condomínio estavam sem energia.

“Acordamos e o condomínio aqui estava sem energia, o meu vizinho foi lá conferir o padrão e viu que a caixa estava aberta e que os relógios tinham sido roubados. Além do nosso aqui, roubaram o condomínio ali da frente”, expôs, Jander.

Outro morador do mesmo bairro, que prefere não se identificar, relatou que a fiação de sua casa foi roubada na madrugada e durante o dia seu estabelecimento também foi roubado.

“O que tinha de fio de cobre levaram tudo. Também roubaram meu vizinho e outras duas casas pra baixo”, relatou.

Furto de fiação elétrica gera prejuízo e atrapalha o trânsito

Outro alvo dos criminosos são os furtos dos cabos elétricos, tanto de iluminação pública quanto dos semáforos. A busca é pelo fio de cobre, que possui uma alta rentabilidade, custando em média R$ 40 o quilo. 

Já o alumínio está na casa dos R$ 8,50 o kg e o ferro, R$1,50 o kg. Conforme já noticiado pelo jornal O Estado, na edição do dia 6 de abril de 2022, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) confirmou que os furtos vêm aumentando. Num período de pouco mais de 17 meses, foram gastos mais de R$ 700 mil com os prejuízos de reposições. 

Atualmente, a Agetran apontou que, até ontem (29), foram 32.029 metros de cabos elétricos furtados; nove controladores furtados; 768 ocorrências em geral de vandalismo, destruição de material e outros. Sendo ainda 519 boletins de ocorrência registrados em delegacias de polícia.

Furto

Foto: Nilson Figueiredo

Busca por drogas e crimes

De acordo com as Polícias Civil e Militar, o furto de metais valiosos tem relação com os usuários de drogas e que estão em situação de rua. “Moradores de rua são os principais autores desse tipo de furto. Furtam os fios para trocar por droga. 

Neste sentido, temos uma parceria com a Polícia Civil, que tem feito um trabalho em cima do receptador”, destacou o coronel da PM Anderson Avelar. 

Contudo, o gerente da Rede Especial de Proteção Social de Alta Complexidade da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), Artemio Miguel, explicou que: “A assistência social tem o trabalho voltado às pessoas em situação de rua. Temos o serviço de abordagem social nas ruas, elas aceitando são encaminhadas ao Centro Pop. Quem é dependente do álcool e da droga, são ofertados os serviços do Caps, que são Centros de Atendimento Psicossocial, mas em todos os casos a pessoa precisa aceitar o acolhimento”, esclareceu.

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