Na volta às aulas, alunos e pais são surpreendidos por mato alto e sujeira em escolas

Escola Matagal
Foto: Berlim Caldeirão

As aulas na Reme (Rede Municipal de Ensino) Campo Grande foram retomadas ontem (08), com o retorno, voltam também problemas antigos que aflige pais e alunos. Um os principias problemas enfrentados é o mato alto no entorno das escolas, a situação se repete em diversos locais e gera insegurança na população.

No Jardim Los Angeles, pais e alunos da Emei (Escolas Municipais de Educação Infantil) Zarife Martins Franca, precisam conviver com a falta de segurança gerada pelo matagal e terrenos baldios que cercam o local.

Laís Avalo trabalha como babá e passa pelo local todos os dias para buscar as crianças que cuida, ela conta que a situação gera transtornos e dificulta o trajeto diário, principalmente para as crianças.

“Um dos maiores problemas é o mato e o sol quente, não têm uma cobertura para ficarmos, quando chove aqui enche de lama e esse mato é muito ruim, já está assim faz tempo e ninguém faz nada”, relata.

Inaugurado em 2019, a instituição atende mais de 200 crianças. Carlos Eduardo, 32, têm um filho de dois anos que estuda na Emei e relata que o problema é antigo e o poder público não se mostra disposto a resolver.

“Aqui em volta sempre foi esse matagal, as ruas são muito precárias, só tem um acesso, a outra rua está intransitável. Deviam melhorar a região e limpar o mato no entorno, esse matagal causa bichos e insetos que podem trazer problemas as crianças, dentro da escola está tudo limpo, mas fora tá horrível”, explica.

Matagal escola

Foto: Berlim Caldeirão

Na Escola Municipal Professor Arassuay Gomes de Castro, na Vila Manoel da Costa Lima, o problema se repete, o mato alto tomou conta do entorno e se estende até para as dependências da escola.

Claudia é moradora da região e tem uma filha que estuda no local, segundo ela, o problema traz insegurança não só para os estudantes, mas para todos que moram no bairro.

“Isso está horrível, principalmente em uma escola grande como essa minha filha estudou aqui do pré ao 9º ano. De longe não da nem para ver os alunos, ontem vi crianças se escondendo no meio do mato, e isso é muito perigoso, a qualquer momento uma pessoa mal intencionada pode se esconder ali”, diz a moradora.

Matagal escola

Foto: Juliana Brum

No bairro Parque Lageado, além do mato alto, alunos da Escola Municipal Tomaz Ghirardelli, enfrentam problemas como a sujeira das calçadas e fios de alta tensão que caíram de um poste em frente a escola.

Indignada com a situação, Janice Souza, 40, ressalta que o situação é recorrente e coloca em risco a saúde e o bem estar das crianças.

“Aqui está muito feio, está um lixo, muito mato, espinhos que furam as pessoas que passam Antes de começar as aulas esses fios já estavam caídos e ninguém faz nada, são muitos alunos para uma escola só, fora que todo esse lixo pode dar problemas de dengue as crianças. Graças a Deus esse é o último ano da minha filha aqui”, diz.

A técnica de enfermagem Cristiane Oliveira conta que a falta de limpeza impede que os alunos realizem as atividades básicas.

“Têm que limpar, no bloco do primeiro têm muita sujeira, o parquinho as crianças nem conseguem utilizar porque está cheio de mato. Acho que a prefeitura deveria vir limpar porque o lazer é um direito delas. Ainda tem esses fios que estão caídos que já está faz tempo assim, teve aluno que enroscou e caiu, são fios de alta tensão”, explicou.

Escola Matagal

Foto: Berlim Caldeirão

O que diz a Secretaria de educação?

A reportagem do Estado Online entrou em contato com a Semed (Secretaria Municipal de Educação), que informou que os serviços de limpeza e manutenção são executados desde janeiro na Capital, contudo, as chuvas registradas nas últimas semanas impediram o progresso das equipes de limpeza da prefeitura.

“As equipes de manutenção mantêm um trabalho contínuo de limpeza, roçada, podas de árvores e pequenos reparos durante todo o ano letivo. “Devido a fortes chuvas no mês de janeiro, a logística de trabalho das equipes foi prejudicada, mas reiteramos que todas as unidades escolares estão recebendo diariamente, de acordo com a logística das equipes, as devidas manutenções”, destaca a nota encaminhada ao Estado Online.

Somente na Capital, são 108 mil alunos distribuídos nas 205 unidades escolares da Reme, sendo 99 escolas municipais, cinco delas de tempo integral e 106 EMEIs, que recebem alunos de até 5 anos.

Com informações das repórteres Mylena Fraiha e Juliana Brum.

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