Karina da Silva Cunha, de 30 anos, se tornou a 20ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul neste ano. A jovem foi morta asfixiada pelo companheiro, Roberto Tobias Antunes, de 32 anos, com quem mantinha um relacionamento há aproximadamente três meses. O crime ocorreu na última sexta-feira (18), em um momento que Roberto alegou ter agido por medo, após supostas ameaças de morte feitas por Karina.
Conforme o registro policial, Roberto, que trabalha como pedreiro e cantor, foi encontrado pela Polícia Militar na frente da residência onde ocorreu o crime. Ele levou os policiais até o quarto onde estava o corpo de Karina, já em estado de decomposição, deitado sobre a cama. Preso em flagrante, o homem confessou o crime, alegando ter apertado o pescoço da vítima durante uma discussão e, em seguida, dormido ao lado do corpo.
Ainda conforme o registro policial, o caso veio à tona após Roberto ligar para sua mãe, que reside no Paraguai, e informar que havia cometido o crime. A mãe, desesperada, contatou conhecidos na cidade, que prontamente acionaram a polícia.
O aumento dos casos de feminicídio em Mato Grosso do Sul é alarmante. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp-MS), o número de mortes de mulheres por feminicídio já supera o mesmo período do ano passado. Até 31 de agosto de 2023, foram registrados 19 feminicídios no estado. Este ano, Karina Cunha entrou para as estatísticas como a 20ª vítima, evidenciando o crescimento preocupante deste tipo de crime.
Além dos feminicídios, os casos de violência doméstica também são alarmantes. Em 2023, foram registradas 14,4 mil ocorrências de violência doméstica até agosto. Este ano, o número já chega a 13,2 mil casos, sinalizando que o problema permanece grave e sem solução aparente.
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