Mesmo na madrugada mais fria do ano, pessoas em situação de rua recusam acolhimento

Moradores de rua
Foto: Divulgação/SAS

A nova frente fria chegou com força em todo Mato Grosso do Sul, na madrugada de hoje a Capital registrou a menor temperatura do ano, chegando a 7,6 °C com sensação térmica de 2 °C. Apesar de esperado, o frio vem acompanhado de preocupação, em especial a pessoa em situação de rua, as mais impactadas pelas mudanças climáticas

Para auxiliar esse público a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) promove diariamente ações de abordagem, acolhimento e distribuição de cobertores pelas ruas de Campo Grande, contudo as ações nem sempre são bem recebidas e muitas pessoas recusam o acolhimento.

Durante a abordagem realizada nesta madrugada (17), 27 pessoas foram atendidas, cinco aceitaram ir para o acolhimento, mas as outras 22 recusaram e receberam a doação de cobertores. Entre os principais motivos da recusa do acolhimento está o vício em álcool e drogas, além disso, muitas pessoas não estão dispostas a cumprir as regras estabelecidas no centro de acolhimento, o que dificulta os atendimentos.

Superintendente da Proteção Social Especial da SAS, Tereza Cristina Miglioli Bauermeister, ressalta que as abordagens e a procura espontânea pelos serviços por meio do Centro POP (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua) cresce 50% nos períodos de frio.

“Muitas pessoas têm uma passagem rápida pelas unidades de acolhimento porque decidem voltar para a rua, mas nossos serviços estão à disposição sempre que o usuário desejar retornar”, destacou.

Para suprir a demanda da população e intensificar a busca ativa, as equipes da SAS realizam o monitoramento do clima e se dividem em turnos nos sete dias da semana com ações de abordagem, acolhimento e distribuição de cobertores pelas ruas de Campo Grande.

“Esse é o nosso trabalho de rotina, muitas pessoas acreditam que só oferecemos acolhimento e distribuímos cobertores só no frio, mas não. Os cobertores são porque muitas pessoas recusam ir aos centros de acolhimento e todos são adquiridos com recursos nossos, não são doações”, explica a assessoria da SAS.

Somente no último fim de semana, entre os dias 13 e 15 de maio, 34 pessoas foram atendidas, nove foram encaminhadas para o acolhimento e outras 25 recusaram, também foram distribuídos 28 cobertores.

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