Com informações dos repórteres Mariely Barros com Marcos Maluf
No bairro Nova Lima, a Rua Candido Garcia de Lima passa por uma situação complicada durante o período de chuvas deste final de ano, deixando uma das principais vias do bairro intransitável por causa do barro. Quem sofre há duas semanas é a população.
O dono de uma empresa de carga e descarga de alimentos da rua que sofre com o barro, Rodolfo Ricardo Oliveira, 35, relata que faz uma semana que não consegue trabalhar e estima um prejuízo de R$ 100 mil. “Ontem mesmo 3 caminhão não conseguiram vir, hoje mais dois.”
“Eu acho que é uma negligência muito grande pra nós que investimos muito aqui. Esse asfalto é uma promessa. Aqui a gente emprega umas 15 pessoas, olha que a gente gera de imposto para o Estado e então o resultado é esse, estamos largados, abandonados.”
Segundo Rodolfo, a promessa de asfalto no bairro existe há 15-20 anos. Ele lembra que a instalação de um supermercado na vila, onde não tinha asfalto, recebeu .a pavimentação, mas só até aquela rua. não dá para entender. “Será que o nosso dinheiro não tem valor?”, critica o empresário que no fundo se sente desvalorizado
“Todo ano é assim, a gente já sabe no que vai dar, vai piorar, vai virar um “mingal de terra”, brinca Rodolfo, que já não tem expectativa para o fim das obras. “O próprio engenheiro da prefeitura falou que a firma licitada para realizar o asfaltou desistiu e agora eles vão tentar convocar o segundo colocado. Porém, essa licitação foi em 2020”, explica.
O que basta para os moradores é esperar para evitar problemas, como o próprio empresário diz. “Se vier um caminhão bitruck aqui, de 18 toneladas, que estamos acostumados a comprar carga, atola aqui e não tem guincho que tire. Na terça-feira passada atolou aqui na frente, tive que contratar três tratores porque nem isso eles fazem por nós. É uma falta de respeito”, conclui.
O motorista autônomo e morador da região Victor Hugo Nunes, 18, tem o problema parecido. “O jeito é esperar mesmo, porque não tem outra solução. Antes de começar o trabalho da obra, sempre cascalhou. Dava uma chuva, as máquina vinha e refazia o serviço, fica nessa. Agora deu essa cratera, é a primeira vez que fica assim. Meu pai se mudou para cá há 40 anos e não viu o asfalto, é praticamente uma novela”, desabafa.
A dona do lar Fabiana Aparecida, 35, relata que não tem como tirar o carro da família da família da garagem e que há 15 dias sem uso. ” O carro era usado só final de semana, mas agora a gente não está sem saindo mais, meu marido usa a sua moto para ir trabalhar. ”
“Apesar dos maquinários, ninguém deu prazo nem nada.” Por fim, a moradora disse que há dias atrás uma senhora teve que ser carregada no colo para atravessar a rua. Acesse também: Vídeo: Quadrilha entra com carro em distribuidora e rouba R$ 15 mil do cofre