IPCA de Campo Grande fica em -0,14% em junho, primeira queda do ano

Arquivo/O Estado Online
Arquivo/O Estado Online

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Campo Grande foi de -0,14% em junho, 0,44 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de maio (0,30%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,91% e, nos últimos 12 meses, de 2,43%, abaixo dos 3,24% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2022, a variação havia sido de 0,64%.

O resultado de junho foi influenciado principalmente pelas quedas em Alimentação e bebidas (-1,05%) e Artigos de residência (-0,76%), que contribuíram com -0,23 p.p. e -0,03 p.p, respectivamente, para o resultado do mês.

Habitação (-0,14%) e Transportes (-0,03%) também registraram recuo nos preços no IPCA de junho. No lado das altas, a maior variação (1,06%) no índice do mês veio de Vestuário. Os demais grupos ficaram entre o 0,09% de Educação e o 0,58% de Saúde e cuidados pessoais (0,58%).

Alimentação e bebidas foi o grupo que mais contribuiu para a queda da inflação em junho em Campo Grande

A queda do grupo Alimentação e bebidas (-1,05%) deve-se, principalmente, ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,54%), que haviam registrado estabilidade em maio. Destacam-se as quedas do feijão-carioca (-14,12%), óleo de soja (-9,76%), do tomate (-5,84%), das carnes (-3,68%) e do leite longa vida (-2,46%).

No lado das altas, batata-inglesa (12,61%) e alho (10,78%) subiram de preço. A alimentação fora do domicílio (0,50%) acelerou em relação ao mês anterior (0,32%), em virtude da alta do lanche (0,45%) e da refeição (0,63%). Em maio, as variações desses subitens haviam sido de -0,42% e 0,62%, respectivamente.

Queda no gás de botijão e estabilidade na energia elétrica residencial contribuem para queda no grupo habitação

Em Campo Grande, o grupo Habitação registrou -0,14%, depois de dois meses de alta consecutiva. A variável de maior impacto do grupo, a energia elétrica residencial, contribuiu para a queda registrando 0,00%. As maiores altas vieram dos subitens aluguel residencial (1,96%), tinta (1,76%) e sabão em pó (1,19%). Já no lado das quedas, se destacaram os subitens: gás de botijão (-4,62%), detergente (-2,09%) e sabão em barra (-1,68%).

Plano de saúde contribuiu para alta no grupo Saúde e cuidados pessoais

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,58%) foi influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde (0,29%), subitem de maior peso no grupo. Esse aumento decorre do reajuste de até 9,63% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 13 de junho, com vigência a partir de maio de 2023 e cujo ciclo se encerra em abril de 2024. Desse modo, no IPCA de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho.

As outras maiores contribuições do mês vieram dos seguintes subitens: antigripal e antitussígeno (2,97%), hipotensor e hipocolesterolêmico (2,87%) e anti-inflamatório e antirreumático (2,86%). As principais quedas ficaram com os subitens artigos de maquiagem (-2,58%), produto para barba (-1,88%) e produto para pele (-1,59%).

Vestuário registra alta puxada pelos subitens tênis e bolsa

O grupo Vestuário apresentou alta de 1,06% no mês de junho. Contribuíram para o resultado do mês, principalmente, os subitens tênis (3,74%), bolsa (2,96%) e conjunto infantil (2,85%). As maiores quedas vieram dos subitens vestido, com -1,90%, bermuda/short masculino, com -1,75% e vestido infantil, com -1,53%.

O grupo Artigos de residência teve variação mensal de -0,76% em junho. As maiores quedas foram encontradas em subitens como: refrigerador (-2,98%), televisor (-2,96%) e móvel para copa e cozinha (-1,79%).

Resultado do grupo Transportes é menor devido à queda nos preços dos combustíveis

Em Transportes (-0,03% e -0,006 p.p.), o resultado foi influenciado pelo recuo nos preços dos combustíveis (-0,78%), por conta da queda dos preços do óleo diesel (-6,95%), do etanol (-6,41%) e da gasolina (-0,28%).

Além disso, destaca-se o resultado dos automóveis novos (-2,36%). No lado das altas, as passagens aéreas subiram 7,54%, após queda de 24,05% em maio.

Em Campo Grande, o grupo Educação teve variação de 0,09% em junho, após apresentar retomada em maio (0,11%). Esse resultado foi influenciado pela queda dos seguintes subitens: artigos de papelaria (-1,46%) e papelaria (-0,18%).

No lado das altas, destacam-se os subitens caderno (2,70%) e livro não-didático (1,61%). Na capital sul-mato-grossense, o grupo Despesas Pessoais apresentou variação de 0,21% em junho. A variação
mensal foi influenciada pela queda nos subitens bicicleta (-2,25%), depilação (-2,16%) e brinquedo (-1,22%).

No lado das altas, os destaques foram: tratamento de animais em clínica (2,50%) e hospedagem (2,41%).

O grupo Comunicação apresentou variação de 0,02%. Esse número é fruto direto do resultado obtido pelo subitem plano de telefonia fixa (0,39%). Acesse também: Área de floresta plantada em Mato Grosso do Sul deve crescer 42,8%

Confira as redes sociais do Estado Online no Facebook e Instagram.

MS ao Vivo traz grandes atrações musicais gratuitas ao Parque das Nações Indígenas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *