Em meio a temporal moradores da periferia se apegam a fé

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Apesar dos grandes estragos na região central de Campo Grande, ocasionados pelo temporal registrado no fim da tarde de ontem (20), moradores da periferia apelaram para a religiosidade como forma de se proteger do temporal.

Na região de periferia do bairro Paulo Coelho Machado, mesmo com os ventos e chuva assustando moradores e derrubando algumas árvores, eles acreditam que por pouco os estragos não foram maiores.

“Na hora que começou o vento eu estava em casa, mas eu acredito que á arvore não caiu totalmente por causa desse fio de luz aqui. Só foram os galhos. O nosso carro ainda estava aqui em baixo, foi sorte não ter estrago e gastos”, relata Kelly Veganos, moradora da região.

Foto: Marcos Maluf

 

Foto: Marcos Maluf

Para quem tem crianças pequenas, o medo se multiplica e deixa os pais em alerta, relata o pedreiro Lucas Mendes, que não foi trabalhar nesta sexta-feira (21) devido à apreensão vivida nesta madrugada.

“Foi graças a Deus, foi feia a coisa ontem. Foi um desespero danado, moro com a esposa e três crianças, ai nos acolhemos em um cantinho e pedimos a Deus. Foram dois [vendavais], um as 17 e outro lá por 20h30 deu outra pancada, e ficamos até às 23h naquela expectativa de que iria passa [o tempo]. Mas graças a Deus não danificou nada. A gente quase não dormiu de noite, cuidando das crianças. Deus moveu as mãos dele, porque se não o estrago seria maior”.

O também pedreiro Rubens Ribeiro da Cruz, relata que como as árvores no local são mais leves, com galhos mais finos, com a força do vento chegaram a retorcer, mas, não gerou danos nas casas.

“O que ajuda bastante é que, quando o vento vem de lá pra cá, rebate nas árvores e não chega tão forte. Aqui na comunidade é bom que um ajuda o outro. Já teve outros vendavais aqui, que mesmo sem chuva, derrubou muitos barracos. Dessa vez Deus”.

Para o marceneiro Alisson Torres Duranes, a preocupação era com uma árvore que fica do lado da casa. “A tarde fiquei preocupado com essa árvore que fica em cima do nosso barraco, Deus me livre. Foi um vento forte demais, nem conseguia pensar, minha esposa ficou correndo para olhar as crianças e os nossos sobrinhos que estavam aqui. Graças a Deus não teve nenhum prejuízo, mas ficamos sem energia. E o vento veio duas vezes, era de noite quando parou”.

 

Com informações de João Gabriel Vilalba e Marcos Maluf.

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