Em 2022, MS registrou 63 casos de afogamentos; 2023 foram 4 ocorrências

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De acordo com informações do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, no ano de 2022 foram registrados 63 casos de afogamentos no Estado, sendo 42 no interior e 21 na Capital. Além disso, em apenas 11 dias de 2023, já foram quatro ocorrências, duas registradas no CBI – (Comando de Bombeiros do Interior) e outras duas pelo CMB (Comando Metropolitano dos Bombeiros).

O caso mais recente na Capital aconteceu na cachoeira das Moreninhas na última quarta-feira (11), e resultou na morte do jovem de 16 anos Henrique Sena da Silva, que havia ido brincar no local com outros dois amigos e em determinado momento acabou afundando e desaparecendo. Conforme relatos dos amigos, eles tentaram salvar o colega mas a tentativa não teve sucesso. A equipe de mergulhadores do Corpo de Bombeiros foi acionada e, após quatro horas de buscas, o corpo foi encontrado a cerca de 3 metros de profundidade preso em galhos.

Outro caso de bastante repercussão aconteceu no dia 5 de dezembro do ano passado e também teve um fim trágico. Na ocasião, uma criança de 2 anos e 11 meses veio a falecer após ser encontrada submersa pelos pais na piscina da residência. Conforme informações, o menino estava na parte rasa, de 40 centímetros de profundidade e sob supervisão, mas por uma fatalidade acabou caindo na parte funda, de 1 metro.

No interior do Estado, em Ribas do Rio Pardo, cidade localizada a aproximadamente 100 quilômetros de Campo Grande, também faleceu o promotor de vendas Luiz Carlos Costa, de 47 anos. De acordo com a família, Luiz pulou no Rio Botas para evitar que uma adolescente fosse levada pela correnteza. A menina foi salva, mas o rapaz desapareceu no rio e o corpo só foi encontrado três dias depois.

Orientações

O Capitão QOBM Diego Garcia Baumgardt, comandante do Corpo de Bombeiros Militar em Bonito, concedeu entrevista ao jornal O Estado para orientar a população acerca dos cuidados que podem ser adotados para evitar essas situações e como proceder caso elas venham a acontecer. Para o comandante, evitar deixar as crianças sozinhas mesmo que em casa e restringir o acesso às piscinas com grades e telas protetoras é primordial. “Sempre que possível, eu também oriento que coloquem as crianças para fazerem aulas de natação, para que elas aprendam a ter o domínio de seu próprio corpo na água e, assim, conseguirem se defender em situações de risco”, afirmou.

No que se refere aos cuidados em rios, lagos e cachoeiras, Garcia orienta manter as recomendações com as crianças. “Quanto aos adultos, é ideal que não ingiram bebidas alcoólicas antes de entrar na água, e ainda evitar praticas perigosas como saltos, além do que a altura segura recomendável é que a água não passe da linha da cintura”, disse.

Caso, por um descuido, um acidente como o afogamento venha a acontecer, o capitão fez questão de lembrar que a primeira atitude deve ser acionar os bombeiros. “Ao tentar salvar uma vítima sem o preparo adequado, você pode se tornar outra vítima, como foi o caso recente em Ribas do Rio Pardo”, salientou.

Por fim, o capitão ressaltou que, se for preciso entrar na água, é necessário avisar alguém próximo que estará entrando, e ainda levar um material flutuante para ofertar para a vítima e fazer com que ela se acalme antes de levá-la para o local de segurança. “Mesmo assim, a recomendação primordial é tentar salvar a vítima sem entrar na água, com a ajuda de boias e cordas”, finalizou.

Por Tamires Santana – Jornal O Estado do MS.

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