Eleições de 2022 tem estimativa de ser a mais cara de MS

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Imagem: Reprodução/Valentin Manieri
Com fundo eleitoral maior e novas urnas, custeio de campanha e da Justiça Eleitoral serão maiores

O custo das eleições de 2022, estimado em R$ 4,9 bilhões, é considerado o mais caro dos últimos anos. Em Mato Grosso do Sul, os candidatos que disputam o governo do Estado já arrecadaram, juntos, mais de R$ 25 milhões, cifra que supera em 110% o valor coletado nos dois turnos do pleito de quatro anos atrás, em 2018, montante de R$ 11,9 milhões.

De acordo com dados do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) na eleição passada, a sucessão foi disputada por seis concorrentes, e desta vez sete postulantes estão concorrendo. Apontando o salto no custo das eleições de 2018 para 2022 – ano que reelegeu o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), e que superou o dobro daquele pleito –, neste período, a correção inflacionária bateu a casa dos 26,03%, ou seja, o valor da campanha eleitoral superou em 8,5 vezes a inflação.

Com despesas declaradas até meados do mês de setembro, o candidato Eduardo Riedel (PSDB), até o momento, lidera as estatísticas, com R$ 6.009.544,87 gastos, conforme o Divulgacand – Portal de Transparência Eleitoral.

De acordo com a Justiça Eleitoral, os gastos de Riedel superam, em R$ 588.318,91, as despesas do ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), que vem logo em seguida, com R$ 5.421.225,96 gastos em sua campanha, até aqui.

“Muitas arrecadações são parciais neste momento. Tanto do que se gasta, como daquilo que se arrecada”, informou a Secretaria Judiciária Eleitoral. Vale ressaltar que, segundo o TSE, o limite de gastos permitido de cada candidato a governo em Mato Grosso do Sul é de R$ 6.226.082,16.

Segundo a pasta, os números de cada candidato se alteram durante suas campanhas, entretanto cada candidato tem até o fim do primeiro turno para declarar todos os gastos e receitas de suas respectivas campanhas. Cabe ressaltar que, em caso de 2º turno, os candidatos possuem um teto de gastos 50% menor que o atual, com R$ 3.113.041,08.

Senadores

Com limite de R$ 2.500.000,00, entre os senadores do Estado está Mandetta (União) com R$ 2.226.400,50 de despesas gastas. Logo após vem a candidata Tereza Cristina (PP), com R$ 2.172.051,19; Juiz Odilon (PSD) com R$ 1.621.752,74; Thiago Botelho (PT) com R$ 228.628,26; Anizio Tocchio (PSOL) com R$ 122.639,10.

Gastos direcionados

Mesmo em tempos de redes sociais, em que os anúncios na internet têm ganho cada vez mais protagonismo, os impressos gráficos permanecem sendo o carro-chefe de gastos das campanhas eleitorais. Serviços prestados por terceiros, como assessoria de imprensa e consultoria em comunicação e marketing político, também figuram entre os principais custos, assim como a produção audiovisual para rádio, TV e internet, que ganhou uma posição no ranking de concentração de despesas perante 2018.

Despesas diversas com pessoal, que vão desde a contratação de coordenadores de campanha e assistentes até de motoristas e seguranças, também têm grande participação.

Justiça Eleitoral

O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral), de acordo com a assessoria de comunicação, não tem ainda o custo estimado a ser gasto nessas eleições, que envolve transporte de urnas, de pessoal e outras despesas. Segundo informado, esse levantamento ficará centralizado com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que o divulgará posteriormente.

Em 2018, segundo a prestação de contas do TSE, a despesa empenhada foi de R$ R$ 16,6 milhões. Sendo que R$ 65,8 mil para pessoal, 1,2 milhão de automação, outros 7,2 milhões de custeio geral e, por fim, o custeio ficou acima de R$ 11 milhões, 7,2 milhões, e 4,9 em despesas com pessoal.

Em 2020, o total de gastos nas eleições municipais em Mato Grosso do Sul, segundo o portal da transparência do TRE-MS, foi de R$ 11 milhões.

Sejusp deflagra Operação Eleições nessa sexta-feira em todo o Estado

Será deflagrada nessa sexta-feira (30), pelo CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) de Mato Grosso do Sul, a Operação Eleições 2022, que conta com a participação de todas as forças estaduais de segurança (Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, DOF – Departamento de Operações de Fronteira, órgãos estaduais de inteligência, etc.).

As atividades monitoradas e coordenadas em nível nacional pela Secretaria de Operações Integradas, por meio do CICN (Centro Integrado de Comando e Controle Nacional), e, em Mato Grosso do Sul, pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), por meio do CICC-E (Centro Integrado de Comando e Controle Estadual), já estão em pleno funcionamento desde o último dia 26 de setembro.

As forças estaduais de segurança estão mobilizadas, num total de 8 mil homens e mulheres, atuando em todo o Estado, para prestar apoio irrestrito à Justiça Eleitoral, visando prevenir, coibir e reprimir, se necessário for, toda e qualquer ação ou delito que de alguma forma venha a prejudicar o bom andamento das eleições e da ordem pública, no primeiro e segundo turnos das eleições.

Entre os delitos que estarão sendo coibidos durante a Operação Eleições 2022 estão possíveis crimes eleitorais (boca de urna, transporte ilegal de eleitores, compras de votos, entre outros), manifestações pacíficas e/ou violentas, bloqueio de vias, rixas, ameaças e atentados, entre outros delitos e infrações que comprometem a segurança do pleito eleitoral. Serão ainda monitorados pela segurança pública outros fatores que podem ter impactos nas eleições, como temporais e/ou alagamentos e quedas de energia em locais de votação e de apuração dos votos.

Locais de votação

As ações da segurança pública serão intensificadas especialmente nos locais e espaços que possuem relação direta com o pleito eleitoral, como cartórios eleitorais, locais de votação, locais de totalização/apuração, vias públicas e estações de transporte público. Para tanto, cada instituição de segurança elaborou seu próprio planejamento específico de ações, protocolos e planos operacionais integrados.

As ações da Operação Eleições 2022 começaram com o planejamento prévio em 26 de setembro, e serão intensificadas pelas instituições de segurança pública do Estado, no âmbito de suas competências, no período que antecede as eleições (30), durante a realização do pleito (2) e se estende até a finalização da totalização de votos do segundo turno eleitoral, marcado para o dia 30 de outubro.

Boletins

Os indicadores gerados por possíveis crimes ou impactos no pleito irão alimentar os boletins informativos que serão divulgados de 3 em 3 horas, partir das 9h do dia 2 de outubro, por meio de releases que serão encaminhados por e-mail ou grupos de imprensa.

Eleitorado

Em Mato Grosso do Sul, o pleito eleitoral de 2022 será realizado nos 79 municípios e, conforme dados do Tribunal Regional Eleitoral, foi disponibilizado um total de 1.051 locais de votação, distribuídos em 54 zonas eleitorais, perfazendo um total de 1.996.510 eleitores aptos a exercerem a cidadania por meio do voto.

Do eleitorado sul-mato-grossense, 1.047.054 são mulheres, o que representa 52,4% dos eleitores. Já os homens totalizam 949.456 eleitores.

Por Brenda Leitte – Jornal O Estado do MS.

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