Educação, transporte e alimentação aceleram inflação de Campo Grande

Foto: Prefeitura de Campo Grande
Foto: Prefeitura de Campo Grande

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro em Campo Grande foi de 0,81%, sétimo mês consecutivo no campo positivo. Em janeiro, a variação havia sido de 0,48%. Em fevereiro de 2023, a variação havia sido de 0,54%. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,92%, acima dos 4,64% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Os preços de sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande tiveram alta em fevereiro. A maior variação (5,76%) e o maior impacto (0,25 p.p.) vieram do grupo Educação. Outros destaques foram os grupos Transportes (0,94% e 0,20 p.p.), Alimentação e bebidas (0,82% e 0,18 p.p.) e Despesas pessoais (0,96% e 0,09 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,59% de Artigos de residência e o 1,35% de Comunicação.

No grupo Alimentação e bebidas (0,82%), a alimentação no domicílio subiu 0,80% em fevereiro. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (16,49%), da banana-d’água/nanica (11,81%), da alface (7,16%), da laranja-pera
(6,35%), do arroz (4,46%) e do ovo de galinha (3,59%).

A alimentação fora do domicílio (0,89%) acelerou em relação ao mês de janeiro (0,34%). O subitem refeição (0,83%) e o lanche (1,21%), tiveram variação superior à observada no mês anterior (0,79% e -0,37% respectivamente).

Artigos de limpeza contribuem para alta no grupo Habitação

Em Campo Grande, o grupo Habitação apresentou alta de 0,15% em fevereiro, assim como no mês anterior (1,03%). As maiores altas vieram dos subitens sabão em barra (3,69%), tinta (0,93%) e saco para lixo (0,88%). Já no lado das quedas, se destacaram os subitens: amaciante e alvejante (-1,86%), mudança (-0,97%) e detergente (-0,71%).

Alta do grupo Saúde e cuidados pessoais se mantém pelo sétimo mês consecutivo

A alta do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,37%) se deve, principalmente, aos subitens antigripal e antitussígeno (2,89%), dentista (2,82%) e hospitalização e cirurgia (2,30%). Todos os itens dos serviços médicos e dentários (1,62%) apresentaram alta em fevereiro. Além do subitem dentista, houve alta nos subitens médico (0,37%) e aparelho ortodôntico (2,21%). As principais quedas ficaram com os subitens óculos de grau (-5,84%), papel higiênico (-3,61%) e neurológico (-3,00%).

Transportes registra aumento de 0,94 % impulsionada por gasolina (3,66%)

Em Campo Grande, o grupo dos Transportes teve variação positiva de 0,94%, impactando o índice em 0,20 p.p.  Entre as principais altas, ganham destaque a gasolina (3,66%) e automóvel novo (1,25%), que impactaram o índice em 0,25 p.p. e 0,04 p.p. respectivamente. Os combustíveis como um todo tiveram aumento (3,58%), com participação do etanol (6,1%) e do diesel (0,5%), porém, a gasolina acumula destacada alta de 12,44% no período de 12 meses.

Entre as quedas, o maior impacto veio do subitem conserto de automóvel (-1,75%), mas também auxiliou na queda do grupo o automóvel usado (-1,48%).

Em fevereiro, grupo Vestuário registra queda de 0,35% em Campo Grande

O grupo Vestuário apresentou variação de -0,35% no mês de fevereiro de 2024 e de 5,55% na variação acumulada em 12 meses. Neste mês, o maior peso da queda veio das roupas (-0,51%), com destaque para os subitens bermuda/short masculino (-2,82%) e calça comprida feminina (-2,11%). No lado das altas, o destaque vai para bermuda/short infantil (2,35%), tênis (0,46%) e calça comprida infantil (1,76%).

Apenas cinco subitens apresentaram queda em Despesas Pessoais, e alta no grupo se mantém

No grupo Despesas Pessoais (0,96%), a alta foi alavancada pelos subitens hospedagem (3,07%), brinquedo (2,93%), tratamento de animais – clínica (2,69%). As principais quedas vieram dos subitens cinema, teatro e concertos (- 3,82%), depilação (-2,81%) e bicicleta (-1,45%).

Ar-condicionado apresentou variação de 34,78% no acumulado dos últimos 12 meses

O grupo Artigos de residência teve variação mensal de -0,59% em fevereiro, registrando 0,62% na variação acumulada em 12 meses. Quando considerada esta variação, o subitem ar-condicionado (26,17%) mantém o maior valor do grupo, mesmo com a queda de 8,24% deste mês. Também ganham destaque nas quedas, os subitens computador pessoal (-3,02%) e roupa de banho (-2,78%) apresentaram as maiores variações negativas para esse grupo. Já os subitens com as maiores altas em ordem de impacto foram móvel para quarto (1,92%), utensílios de metal (1,89%) e conserto de bicicleta (1,95%).

Educação é o grupo com maior aumento, levando o índice para cima em 0,25 p.p.

Em Educação (5,76%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (7,09%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do curso de idiomas (11,37%), da creche (9,86%), do ensino fundamental (9,32%), do ensino médio (9,06%), da pré-escola (9,04%), da Pós-Graduação (5,91%) e do ensino superior (4%). “Esse resultado se deve aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida. As únicas quedas registradas no grupo são da autoescola (-1,11%), do livro didático (-0,35%) e do livro não didático (-0,43%).

Em janeiro, o grupo Comunicação apresentou variação mensal de 1,35% e de 1,9% na variação acumulada de doze meses. No mês de fevereiro, o resultado do grupo foi diretamente influenciado pela variação dos subitens TV por
assinatura (4,02%), combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,29%) e plano de telefonia móvel.

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Com informações do IBGE

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