O diretor de Controles Internos e Integridade da Caixa Econômica Federal, Sérgio Ricardo Faustino Batista, foi encontrado morto na sede do banco na noite de terça-feira (19), em Brasília, de acordo com informações da própria instituição.
A Polícia Civil do Distrito Federal foi acionada após vigilantes da área externa do prédio encontrarem o corpo. A Polícia Federal foi comunicada e o caso está em investigação mas, apurações preliminares indicam a possibilidade de suicídio.
Sérgio Faustino Batista era diretor da DECOI (Diretoria de Controles Internos e Integridade), pasta responsável por receber e acompanhar denúncias feitas por funcionários nos canais internos do banco.
Antes de se tornar o diretor da DECOI, Sérgio Batista foi um dos assessores estratégicos do ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que foi retirado do cargo após receber denúncias de assédio sexual, das quais o ex-presidente nega.
Com a divulgação das denúncias, a Caixa admitiu a existência de uma denúncia de assédio, apresentada em maio deste ano por meio dos canais internos.
Sérgio Batista tinha 54 anos e continuou no cargo mesmo com a mudança na presidência da Caixa. O banco manifestou pesar e disse que está aberta a contribuir para as investigações.
O caso
O presidente de Caixa foi afastado após denuncias de assédio. Funcionárias embasaram uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) sobre a conduta de Guimarães. Desde do dia 28 de junho, sob a condição de anonimato, se tornaram públicos relatos de funcionárias contando ações de Guimarães contra elas.
Elas contam, por exemplo, que o agora ex-presidente da Caixa as chamava para o quarto dele em hotéis durante viagens oficiais, pedindo remédios ou carregador de celular. Quando elas chegava, ele as recebia com trajes inadequados.
As funcionárias relatam também abraços forçados, em que ele passava a mão por partes íntimas delas.
Com informações do repórter Carlos Eduardo Ribeiro.
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