Consumidor está pagando 40% mais caro no litro do óleo de cozinha

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Em janeiro o produto custava em média R$ 5,00 passando para R$ 7,00 na primeira semana de novembro

O óleo de soja está presente em quase metade das nossas refeições, seu alto consumo vem acompanhando também o aumento do preço. Comparando o valor de janeiro com a primeira semana de setembro, o item ficou 42,13% mais caro nos supermercados. Os dados são resultados da pesquisa de preço do jornal O Estado, realizada semanalmente em seis supermercados de Campo Grande.

Na pesquisa feita no início deste ano, o preço médio do óleo custava R$ 5,52, o valor mais caro coletado pela reportagem na época era de R$ 5,99 e R$ 4,89 o preço mínimo. Na atual pesquisa desta sexta-feira (08), o alimento é vendido em média por R$ 7,00, o menor valor encontrado foi de R$ 6,95 e o mais caro custa R$ 7,49. Em outubro o óleo entrou na lista de alimentos que registraram maiores altas, na Capital, segundo divulgou o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Ainda conforme a pesquisa desta semana, o arroz (Tio Lautério) é vendido em média por R$ 26,06, a variação de preço do alimento ficou em 20,91%. Os preços nos comércios visitados variam entre R$ 23,90 e R$ 28,90. Já a diferença de preço para o pacote de feijão de 1 kg registrou 26,47% de aumento entre os comércios, custando entre R$ 5,29 e R$ 6,69.

O macarrão com ovos (Dallas) foi um dos alimentos que apresentou maior variação de preço (66,89%), em um ponto de revenda o produto custa R$ 2,99, mas pode chegar a ser vendido por R$ 4,99 em outra unidade. A cartela de ovos médios com 12 unidades, é comercializada em torno dos R$ 7,37. A proteína é repassada para o consumidor custando entre R$ 6,98 e R$ 7,85, atingindo uma diferença de preço de 12%.
Na linha produtos de higiene, o papel higiênico registrou 101,21% de diferença de preço, a comercialização do produto chega a custar R$ 29,98. Enquanto, o sabonete registrou a variação de 74,07%, custando entre R$ 1,89 e R$ 3,29. Em média o gasto médio do item é de R$ 2,35.

Açougue

Essa é uma seção que tem tirado o sono de muitos consumidores que perceberam que a proteína ficou mais cara nos últimos meses. Na pesquisa do jornal, o quilo do frango é vendido em torno de R$ 10,61, o preço do alimento apresentou oscilações que custam entre R$ 8,99, podendo chegar a R$ 12,75, o que resulta em um aumento de 41,82% entre os supermercados.

No entanto, é o preço da carne bovina que tem preocupado os clientes, nesta semana o quilo do coxão mole custou em média R$ 40,00. Alguns dos valores encontrados nos açougues vão desde R$ 38,89 à R$ 45,90.
O preço da carne subiu 5,81% em outubro pressionando a inflação, conforme apontou dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os cortes com maior impacto foram acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%). Foi a maior variação mensal das carnes desde novembro de 2020, quando o índice foi de 6,54%. No acumulado de 12 meses, a carne subiu 4,76% e, no ano a alta é de 3,88%.

Segundo o IBGE, a redução no número de abates de animais, o aumento das exportações em outubro, provocado pela valorização do dólar, e questões climáticas são os fatores que fizeram a oferta no mercado nacional diminuir e os preços aumentarem.

“Temperaturas mais quentes reduzem a qualidade do pasto e às vezes fazem com que os produtores tenham que migrar o gado para confinamento, o que gera maiores custos”, afirma André Almeida, gerente de IPCA do IBGE.

 

Por Suzi Jarde

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