Em comunidade carente, mãe decide tirar o leite dos mais velhos para dar ao filho de 1 ano

Foto: Marcos Maluf/O Estado Online
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O litro do leite integral tem encarecido nos supermercados de Campo Grande, se aproximando, aos poucos, dos R$ 7. No início do mês, O Estado de Mato Grosso do Sul encontrou o produto, da marca Italac com o custo médio de R$ 6,59.

No Fort Atacadista, o leite foi encontrado por R$ 6,25, ao passo que no Pires está por R$ 6,95. Dessa forma, a reportagem foi até a Comunidade Homex, na tarde desta sexta-feira (15), ao encontro de famílias que precisaram economizar mais ainda para dar leite aos filhos, alimento rico em cálcio e proteína, fundamental para o crescimento das crianças.

A dona de casa Arlete vera dos Santos, 27, mãe de quatro filhos, de 10, 7  e 4 anos, além de um menino de 1 ano e sete meses, conta que a solução encontrada por ela foi a de tirar o leite das três crianças mais velhas e deixar só para o neném, que ainda mama na mamadeira.

“Tivemos que economizar muito, pois não temos condições de comprar para os quatro. Quando as outras pedem, eu falo para pegar um pouquinho, mas que deixem para o irmão mais novo. É uma vez ou outra que deixo as outras tomarem, para não sentirem falta”, conta a mãe solteira que sobrevive somente com o auxílio do governo e pensão da irmã.

Foto: Marcos Maluf/O Estado Online

Sara Clemencia Pereira, 42, tem 3 filhos e está gravida de 7 meses. Ela explicou para a reportagem que ela e o marido que é catador de reciclagens, fazem um sacrifício para comprar uma caixa de leite, já que vivem somente do o benefício do Mais Social.

“Sinceramente, é melhor comprar uma vaca leiteira e por dentro do quintal do que ir comprar o leite no mercado. Está difícil a nossa situação e não é só o leite que está caro, é a comida, o gás… a gente vai se virando”, conta a dona de casa que também cuida de mais três crianças, filhos da irmã que tem necessidades especiais.

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Perda da produção afetou o preço dos laticínios

Uma das justificativas para o aumento nos preços do laticínio seria o pasto seco, que afeta na produção na produção do produto. De acordo com o presidente do Silems (Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Mato Grosso do Sul), Paulo Fernando Pereira Barbosa, no primeiro trimestre de 2022 houve uma queda de 10,29% na produção, se comparado com o mesmo período do ano passado.

Com informações do repórter Marcos Maluf

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