Com duas mortes confirmadas, MS contabiliza 2,1 casos de dengue em 2023

dengue
Foto: Valentin Manieri/Jornal O Estado MS

Com duas mortes confirmadas em 2023, os casos de dengue seguem subindo a cada semana em Mato Grosso do Sul. Desde o início do ano o Estado contabilizou 5.114 casos prováveis e 2.155 confirmações de dengue.

Promessa do futebol sul-mato-grossense, Júlio César Arthur da Costa Escobar, conhecido pelos amigos por “Mbappé”, foi a segunda vítima de dengue no Estado. O adolescente de 15 anos morreu na última segunda-feira (13), por decorrência de dengue hemorrágica no Hospital da Vida, em Dourados.

De acordo com o hospital, Júlio César passou mal, na última sexta-feira (10), e foi levando a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) onde foi medicado e liberado. Em seguida, o adolescente piorou e precisou ser internado, momento em que os médicos descobriram a dengue hemorrágica.

A primeira vítima foi uma mulher de 59 anos, residente de Guia Lopes da Laguna, ela não tinha comorbidades relatadas.

Dengue

Foto: Divulgação/SES

Panorama da dengue em MS

Em sete dias, o percentual de casos prováveis subiu 35,21%, passando de 3.782 para 5.114, em relação aos casos confirmados a alta foi de 50,7%, visto que até a primeira semana de fevereiro foram contabilizados 1.430 confirmações.

Dentre os municípios de MS com maior incidência de casos por densidade populacional estão Batayporã com 238 casos prováveis, Bodoquena (113), Bonito (300), Jaraguari (80), Caracol (58), e Ladário (195).

Conforme o boletim da SES, 51,5% dos casos prováveis foram identificados em mulheres, enquanto o número de homens com suspeita da doença é de 48,5%. Pessoas entre 20 a 29 anos são as que mais testam positivo, cerca de 19,49% do total de casos prováveis.

No panorama nacional, Mato Grosso do Sul ocupa a 10º posição de incidência de casos, com 5.114 casos prováveis da doença, o que corresponde a uma incidência de 182,0 considerando que em todo o Estado, existem 2.809.394 habitantes.

Na Capital, entre 01 a 15 de fevereiro foram contabilizados 183 casos confirmados e 538 notificações de dengue. Em 2022, foram confirmados 8.225 casos e sete óbitos, em todo Estado foram 23 mortes provocadas pela doença.

Cinco bairros de Campo Grande foram classificadas com alto risco para infestação do Aedes aegypti: Cabreúva, Caiobá, Chácara dos Poderes, Maria Aparecida Pedrossian, Noroeste, Rita Vieira e Universitário. Outras 40 áreas estão em alerta e 25 apresentam índices satisfatórios.

Dengue

Foto: Divulgação/SES

Cuidados

O atual período de chuvas exige cuidados redobrados para prevenir a disseminação do mosquito Aedes aegypti, que também é transmissor da zika e chikungunya.

Para evitar a proliferação do mosquito a secretaria de saúde recomenda a limpeza diária dos locais utilizados para o armazenamento de água e vasilhas usadas como bebedouros para animais domésticos; recipientes para armazenamento de água devem ser fechados com as tampas originais ou com uma tela de trama pequena, ou tecidos de tramas fechadas, assim, evitando o acesso do mosquito; caixas d’água também devem passar por limpeza regularmente, além de estarem adequadamente fechadas.

Sintomas

Para identificar a Dengue é preciso atentar-se aos sintomas, entre os principais estão:

Dor abdominal intensa e contínua ou dor à palpação do abdômen;
Vômitos persistentes;
Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, pericárdio);
Sangramento de mucosas;

Letargia ou irritabilidade;
Hipotensão postural (é a diminuição súbita da pressão arterial ao se
levantar de uma posição deitada ou sentada, principalmente quando de
maneira brusca);
Hepatomegalia maior do que 2 cm;
Aumento progressivo do hematócrito.

Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Leia também:

Chamado para teste no Flu, atleta sub-15 de Dourados morre de dengue hemorrágica

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *