Nesta quarta-feira (9), a CNT (Confederação Nacional do Transporte) e o SEST SENAT divulgaram os resultados da 25ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias. Os dados apontam que o Estado Geral da malha rodoviária brasileira piorou em 2022.
Dos 110.333 quilômetros avaliados, 66% foram classificados como Regular, Ruim ou Péssimo. Em 2021, esse percentual era de 61,8%.
Em Mato Grosso do Sul, a pesquisa analisou 4.488 quilômetros do Estado, que representam 4,1% do total pesquisado no Brasil. De acordo com o índice, 59,3% da malha rodoviária pavimentada avaliada do estado apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. 40,7% da malha é considerada ótima ou boa.
Em relação ao pavimento, 53,2% da extensão da malha rodoviária avaliada do estado apresenta problemas. 46,8% está em condição satisfatória. Já sobre sinalização, 43,3% da extensão da malha rodoviária da região é considerada regular, ruim ou péssima. 56,7%, ótima ou boa. 3,3% da extensão está sem faixa central e 9,1% não tem faixas laterais.
Geometria da Via (traçado): 54,9% da extensão da malha rodoviária do estado apresenta algum tipo de problema. 45,1% está ótima ou boa. As pistas simples predominam em 95,3%. Falta acostamento em 41,4% dos trechos avaliados. 34,6% dos trechos com curvas perigosas não tem sinalização.
Durante 30 dias, 22 equipes percorreram as 5 regiões do Brasil de forma a compor os resultados da Pesquisa de 2022, que passa a integrar a maior série histórica de informações rodoviárias do país, realizada pela CNT desde 1995.
Atualmente, as condições do pavimento no estado geram um aumento de custo operacional do transporte de 30,2%. Isso reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.
Em 2022, estima-se que haverá um consumo desnecessário de 41,7 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento da malha rodoviária no estado. Esse desperdício custará R$ 190,38 milhões aos transportadores.
A pesquisa identificou 30 Pontos críticos no Estado. Para recuperar as rodovias no Mato Grosso do Sul, com ações emergenciais, de restauração e de reconstrução, são necessários R$ 2,84 bilhões. Acesse também: Engavetamento envolvendo carretas deixa motorista gravemente ferido