Capital está com três bairros com risco de infestação do Aedes aegypti

Foto: Os casos prováveis
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confirmados e ignorados/Marcos Maluf
Foto: Os casos prováveis englobam os casos em investigação, casos confirmados e ignorados/Marcos Maluf

“A maioria dos focos está dentro do nosso lar”, destaca superintendente 

Campo Grande está com três bairros com risco de infestação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, segundo o LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) realizado neste mês de janeiro. São eles: Vida Nova, Maria Aparecida Pedrossian e o Estrela do Sul. Mas além desses bairros, outros 41 em situação de alerta e 28 a situação é considerada satisfatória.

A preocupação é com o risco de epidemia, uma vez que a estimativa do Ministério da Saúde é que ao menos 5 milhões serão infectados pela doença. Do dia 01 a 23 de janeiro deste ano, foram notificados 375 casos de dengue em Campo Grande. Em todo o ano passado a Capital registrou 17.033 notificações de dengue e seis óbitos provocados pela doença.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Veruska Lahdo, reforça a importância da conscientização e engajamento ainda maior da população, uma vez que 80% dos focos são encontrados dentro das residências.

“A maioria dos focos do mosquito está dentro do nosso lar, diferente do que muita gente pensa. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal. Portanto é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha”, destaca. O maior número de focos são encontrados em pequenos depósitos de água, como garrafas, vasos de plantas, embalagens plásticas, entre outros. Inclusive a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou que, embora a chegada das vacinas represente um marco, elas ainda não estão disponíveis em larga escala, o enfrentamento efetivo da doença se dá pelo controle dos focos de transmissão.

“O combate à dengue é uma ação de governo, mas tem de ser uma ação também de cada cidadão e de cada cidadã. É necessário lembrar que os focos do mosquito estão 75% nas casas. Então, essa união de esforços é muito importante”, afirmou. “Precisamos organizar a rede para atender as pessoas, orientar à população e também os profissionais de saúde. É um conjunto de ações importantes para este momento em que acontecem os picos de casos”, disse durante coletiva na última quinta-feira (25).

Combate

Conforme o município, desde novembro do ano passado, as equipes da Sesau vêm intensificando as medidas de prevenção e controle do vetor da dengue previstas no Plano de Contingência Municipal, que estabelece metas para conter uma possível epidemia de arboviroses, além de estabelecer diretrizes quanto à assistência e organização de fluxo. As diretrizes foram publicadas no último mês, prevendo estratégias a serem executadas até 2025 para evitar o aumento no número de casos.

Paralelamente ao chamado trabalho de manejo, que consiste na vistoria de imóveis, recolhimento de materiais inservíveis e eliminação de focos, a Sesau também tem reforçado as ações educativas e de mobilização social nas sete regiões urbanas, distritos e assentamentos (Zona Rural) de Campo Grande, para orientar a população sobre as medidas para a prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Tais iniciativas também são reforçadas na Atenção Primária, por meio das unidades básicas e de saúde da família, e nas escolas em período letivo.

Por Rafaela Alves.

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