Por Bárbara F. Bejarano – Jornal O Estado
Mensagens com links suspeitos e ofertas de trabalho falsas estão cada vez mais comuns no cotidiano da população. O golpe já virou moda e inclui a cobrança de dinheiro e até promoções tentadoras. Entre janeiro e abril deste ano, foram identificadas 221 mil tentativas de golpes de falso emprego no Brasil, segundo informações da plataforma Psafe. A média desse número corresponde a mais de 1.800 por dia e 70 tentativas por hora.
Para entender na prática como os golpistas estão atuando, o jornal O Estado procurou especialistas para explicar como os suspeitos conseguem coletar os dados. O professor da Facom UFMS (Faculdade de Computação da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), Carlos Alberto, explicou que o sistema de recuperação de dados é o mais utilizado.
“Todo o aplicativo tem uma forma de recuperar a conta e fazer a migração de outro aparelho, assim que começa os problemas. Eles solicitam a migração de conta e até pedem um código de autorização, fazendo então existir duas contas iguais”, afirmou.
Além disso, o palestrante e consultor sobre Segurança da Informação Roger Nascimento esclarece que, para dar mais credibilidade os criminosos utilizam até mesmo logomarcas de empresas como foto de perfil.

Foto: Divulgação
“Golpe do falso emprego é um dos golpes que estão em alta no momento, principalmente por causa do número de desempregados e/ou subempregados por causa da pandemia. A vaga de emprego é anunciada; as pessoas que se interessam enviam seus dados pessoais e é solicitado um valor para cobrir os custos da contratação”, pontuou.
Dessa forma ao realizar os desejos do golpista, a vítima perde o dinheiro e ainda tem seus dados pessoais e cópia de documentos coletados. Protegendo o aparelho Roger expõe que é necessário ter calma e nunca agir por impulso, e antes de tudo verificar a veracidade da informação e do link.
“É muito comum que o golpista tente acelerar o processo, para não deixar a vítima pensar. Estar atento aos pedidos, uma empresa séria não pede dinheiro para cobrir os custos. Tente encontrar o canal oficial da empresa e suas redes sociais”, destacou.
Já Carlos complementa que é necessário tomar cuidado com as redes sociais, cada informação exposta nas redes sociais é mina de ouro para os golpistas. “A maioria dos golpistas conhece a vida da vítima pelo conteúdo das redes”, concluiu.
Confira mais notícias no Jornal O Estado MS.
Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.