“Teleinterconsulta” reduz encaminhamentos para o Centro de Especialidades Médicas

Foto: Nilson Figueiredo
Foto: Nilson Figueiredo
Por Rafael Alves – Jornal O Estado

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) implementou na Atenção Primária o programa de “teleinterconsulta”, ou seja, por meio de webconferência, utiliza estratégias de atendimento compartilhado entre paciente, médico assistente e especialista. Com essa nova ferramenta, o secretário municipal, José Mauro Filho, assegurou que já conseguiu reduzir o número de encaminhamentos para o CEM (Centro de Especialidades Médicas).

“Se conseguimos atender 20 pacientes neste novo método, são 20 pessoas que deixam de ser encaminhados para o CEM”, frisou. O programa, que atendeu cerca de 100 pacientes, atualmente ocorre em apenas duas Unidades Básicas de Saúde, no Moreninhas e no Tiradentes. Entretanto, a pasta informou que o “teleinterconsulta” já está sendo expandido para outras sete unidades: USF Batistão, USF Coophavila, USF Parque do Sol, USF Itamaracá, USF Vida Nova, USF Noroeste e USF Oliveira.

A secretaria estuda também ampliar o número de especialidades para 19, como: alergia e imunologia, angiologia, cirurgia-geral, dermatologia, endocrinologia, hematologia, infectologia, mastologia, pneumologia, neurologia, oftalmologia, psiquiatria, urologia, entre outras. Hoje, a consulta via webconferência é feita somente na área de cardiologia com oferta de dez vagas semanais. O empresário Osvaldo Pereira, 63 anos, passou por um teleinterconsulta ontem (6) na unidade do bairro Moreninhas.

Segundo ele, o programa facilita bastante, porque não precisa se deslocar até outra unidade para ter o atendimento especializado. “Faço a muito tempo acompanhamento aqui na unidade e com essa novidade não precisei ser encaminhado lá para o CEM para conseguir passar por um cardiologista e ter de esperar por uma vaga”, disse. Foi justamente o que salientou o médico cardiologista que realizou a teleinterconsulta, Gerson Gattass Orro de Campos.

“Um auxílio que a Sesau tenta dar ao paciente fazendo com que ele não precise se deslocar até o Centro de Especialidades. Então conseguimos reduzir bastante os encaminhamentos, para se ter uam ideia, em média, de 30 pacientes que passam pela teleinterconsulta, dois têm a necessidade realmente de ter o atendimento presencial”, explicou

Para o médico assistente, no caso da Moreninhas, o médico residente em medicina de família e comunidade Jeferson Moraes Miota, o programa, além de aumentar a acessibilidade do paciente, facilitou bastante na comunicação interprofissional e com isso na continuidade do atendimento ao paciente na Atenção Primária.

“Anteriormente o que acontecia é que não conseguíamos ter essa comunicação com o médico especialista, acabava que o paciente que tinha de nos dizer o que o especialista falou sobre o caso. Agora não, temos acesso a tudo e com isso conseguimos dar continuidade com o paciente com ampla noção do que foi descoberto e indicado como tratamento pelo especialista, podendo assim dar sequência na própria unidade de saúde”, reiterou.

Dona Maria Ivanir, 52 anos, foi outra paciente que passou pela “teleinterconsulta” na Moreninhas. Ela garantiu que o novo método facilita bastante. “Resolveu muito para nós pacientes, fazemos a consulta aqui mesmo e como foi solicitado no meu caso mais exames, depois de pronto faço o retorno aqui também dessa mesma forma. Está aprovado esse sistema”, contou.

O programa entrou em funcionamento na rede municipal de saúde em dezembro do ano passado. Campo Grande foi a primeira cidade de Mato Grosso do Sul a instituir o Programa de Teleinterconsulta na Atenção Primária. O acesso é por demanda espontânea, ou seja, não há necessidade de agendamento e são atendidos pacientes que tenham critérios específicos.

 

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