Equipes da DEPCA (Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente) juntamente com a Polícia Científica da Polícia Civil, foram até a casa onde menina de 2 anos de idade foi morta espancada pelo padrasto. O caso aconteceu na noite desta quinta-feira (26) e segue sendo investigado.
Segundo informações, duas viaturas chegaram à casa onde a família residia, na Rua Sabino José da Costa, da Vila Nasser, em Campo Grande, por volta das 16h desta sexta-feira (27). Foram recolhidos para passar por perícia diversos pertences da família, entre eles, 2 HDs, 2 CPU e documentos.
Quem acompanhou a movimentação de perto foi o proprietário da casa, um senhor de 78 que alugava a casa para o casal a 7 meses. Em entrevista, ele disse à reportagem que não sabia das violências sofridas pela menina. “Só fiquei sabendo pela TV, na hora nem percebi que era uma das minhas casas, até que o pessoal começou a me ligar falando que a polícia estava em frente a casa, cheguei aqui e fiquei sabendo de todo esse horror”, disse.
Segundo ele, a mãe da menina, Stephanie de Jesus Dada Silva, de 24 anos, era trabalhadora e pagava o aluguel em dia. “Nunca imaginei que isso aconteceria aqui”, disse. Já o padrasto da menina, Christian Campocano Leitheim, de 25 anos, acusado de cometer as agressões tinha um comportamento estranho, não trabalhava e mal saia de casa segundo o idoso.
Caso – Uma menina de dois anos, foi levada pela mãe e padrasto morta para o Upa (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Coronel Antonino na noite de ontem (26) e a principal suspeita é de que tenha sido assassinada por espancamento cometido pelo padrasto, pois o corpo da criança, segundo equipe médica, já apresentava rigidez cadavérica. Os dois foram presos em flagrante.
O caso deixou a equipe médica em estado de choque, pois ao receber a vítima, eles perceberam que no corpo da menina, haviam várias lesões nas costas, braços, joelho, olho e inchaço no ombro esquerdo, além disso, a barriga dela estava muito inchada.
Ao O Estado Online, o delegado, Pedro Henrique Cunha, plantonista de Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do centro, confirmou que esteve na casa do casal e o padrasto confirmou que teria espancado a menina, mas que isso tinha acontecido há dois dias.
“A mãe confirmou que o padrasto agredia a criança com tapas e socos para, segundo eles, corrigir. Representamos pela prisão preventiva dos dois que, inclusive, já tem passagens registradas por maus-tratos. Pedimos também exame de corpo delito no corpo da criança para apurar, suposto, caso de estupro de vulnerável”, disse o delegado.
Segundo o delegado, o pai biológico da criança já havia registrado boletim de ocorrência por maus-tratos em 2021 e 2022,por perceber que a filha vinha sendo maltratada.
O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil e será distribuído para a DEPCA (Delegacia Especializada de Atendimento a Criança e ao Adolescente) que segue as investigações. O casal permanece preso e passará por audiência de custódia.
Serviço:
Disque 180
O Disque-Denúncia, criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), permite denunciar de forma anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central chegam ao Ministério Público.
Disque 100
Para casos de violações de direitos humanos, o disque 100 é um dos meios mais conhecidos. Aliás, as denúncias podem ser feitas de forma anônima para casos de violações de direitos humanos.
O canal envia o assunto aos órgãos competentes no município de origem da criança ou do adolescente.
Com informações do repórter João Gabriel Vilalba e do fotojornalista Marcos Maluf.
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