123 anos: Aniversário da Capital terá programação cultural especial e variada

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Foto: Divulgação/Jornal O Estado MS
Por Méri Oliveira – Jornal O Estado MS

Campo Grande chega aos 123 anos e, assim, os campograndenses ganham uma programação especial de aniversário, com shows de Geraldo Espíndola, Marcelo Loureiro, Renato Teixeira, Filho dos Livres e Almir Sater, além de outras apresentações artísticas em bairros. O calendário está sensacional; confira:

Concertos

Teve início na segunda-feira (22), e se estende até sexta-feira (26), o Encontro com a Música Clássica, evento já tradicional de Campo Grande e que, neste ano, caiu na semana de aniversário da Capital. De acordo com o maestro Eduardo Martinelli, o primeiro dia surpreendeu. “Foi eletrizante o primeiro dia de concerto, por ser uma segunda-feira, o teatro estava lotado e foi muito legal, muito show.”

No dia 25, no mesmo evento, será gravado o DVD ao vivo de Tetê Espíndola, intitulado “Acústicas da Natureza”, então as expectativas são altas. “Estamos fazendo uma preparação bem criteriosa, porque é um material musical inédito. Todos os arranjos são preparados exclusivamente para essa apresentação, para essa gravação”, finalizou Eduardo Martinelli.

Já a finalização do evento será com a “Opereta Pantaneira”, que tem roteiro e direção de Breno Moroni, direção musical de Eduardo Martinelli, e participações de Marta Cel, Melissa Azevedo e Fernando Lopes. A obra retrata o bioma tendo por ponto de partida mitos, lendas e “causos” que permeiam este território que é tão conhecido mundo afora. Para compor o enredo da trama são utilizados os recursos do teatro e da música de concerto, o que classifica o trabalho como uma opereta – um gênero mais curto e leve que uma ópera original. Um convite ao público para se aproximar do universo das partituras, mesclando o erudito ao popular.

“O repertório da obra mistura as influências da música regional e da música de concerto, especialmente composta por Eduardo Martinelli, Rodrigo Faleiros e Ivan Cruz. Além disso, temos em cena uma intérprete de libras, atriz, que é a Karen Martins, que tem figurino, encenação, faz uma lavadeira de beira de rio”, conta Breno Moroni.

Os concertos têm início sempre às 20h, no Teatro Glauce Rocha, na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). A entrada é gratuita, mas serão recebidos alimentos não perecíveis para doação.

Campo Grande em Ação

Na quinta-feira (25), será realizado o show “Saudações Pantaneiras”, como parte do Festival Campo Grande em Ação, na concha acústica da Praça do Rádio, com Geraldo Espíndola e Marcelo Loureiro, ou seja, um encontro entre um compositor símbolo do Centro-Oeste e um dos maiores instrumentistas contemporâneos do país que representa uma viagem por canções que inspiraram a carreira artística dos dois.

O veterano Geraldo Espíndola faz um convite ao povo campo-grandense. “Na quinta-feira estaremos, eu e Marcelo Loureiro, nos apresentando com aquele show, ‘Saudações Pantaneiras’, para toda Campo Grande, que aniversaria logo no dia seguinte, dia 26. Para nós é um prazer imenso poder cantar para toda a Campo Grande, esperamos vocês lá, tá?”

Em seguida, quem se apresenta é Renato Teixeira, um dos grandes nomes da música brasileira, autor de sucessos como “Romaria” e “Frete”. Em seus shows, Renato navega por vertentes da MPB, country e folk, sem perder a essência da música caipira e sertaneja.

O “Saudações Pantaneiras” será realizado na Praça do Rádio, localizada na Avenida Afonso Pena, entre as ruas Padre João Crippa e Pedro Celestino. A entrada é gratuita e o evento começa às 18h.

No dia seguinte (26), o Festival Campo Grande em Ação segue rumo à região do Segredo, para o Bairro Nova Lima. Com apresentações da peça “Corina e Genésio”, do Grupo Ubu de Artes Cênicas, entre outras atrações. O evento também está previsto para começar às 18h.

26 de agosto

Já na sexta-feira (26), a festa começa com show de abertura do duo Filho dos Livres. Amigos e parceiros musicais de longa data, Guga Borba (violão, viola e voz) e Guilherme Cruz (guitarras, viola, violão de 12 e voz) fazem música livre, com sonoridades e letras próprias. Em seus dois primeiros álbuns, o Filho dos Livres apresentou canções num caldeirão de referências artísticas do Centro-Oeste e do rock, um projeto ousado, pioneiro, que uniu influências regionais, folk, grunge e letras intimistas, conjugando referências sonoras diversas com um romantismo moderno que encontrou respaldo nos refrões cantados pelo público junto com os artistas nas apresentações.

Guilherme, que chegou a morar fora por um bom tempo, mas está de volta à Capital, afirma que “tocar em casa” é sempre muito especial, energia forte e diferente. “São pessoas e amigos que conheço desde a infância, é realmente uma sensação diferenciada.”

Para Guga, o show traz um misto de sensações. “É com muita satisfação e gratidão que comemoraremos o aniversário de nossa Cidade Morena, aqui onde fomos criados e criamos nossos filhos, muito de nossa formação artística veio dela, de sua natureza exuberante e de grandes amizades e parcerias que construímos ao longo dos anos. Vida longa à Capital dos Ipês”, afirma o artista.

Logo após o Filho dos Livres, Almir Sater subirá ao palco com um repertório repleto de sucessos conhecidos pelo público, além de músicas do trabalho em parceria com Renato Teixeira, os álbuns “AR” e “+AR”, que renderam à dupla dois Grammys, em 2016 e 2018, na categoria Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras. Atualmente no ar com a novela “Pantanal”, o cantor interpreta o chalaneiro Eugênio, que transporta todos os personagens e também os leva a uma viagem contando causos da maior planície alagada do planeta, além de participar das rodas de viola da fazenda de Zé Leôncio.

Sobre o show de Almir Sater, Eduardo Romero pontua: “O Almir Sater tem cantado o Pantanal com suas músicas poéticas, que fazem a gente refletir, que fazem a gente ‘viajar’ – no bom sentido –, e agora novamente participando da novela‘Pantanal’, na segunda versão desta novela, fazendo o Brasil inteiro conhecer um pouco mais dessa poesia, desse ritmo pantaneiro. Então, quando a gente tomou a decisão de trazê-los como presente para Campo Grande foi justamente porque esses dois perfis musicais mostram muito do que é Campo Grande, do que é Mato Grosso do Sul: uma mistura de ritmos, de linguagens, de idades, de etnias, de gente de todos os cantos, essa miscelânea e essa miscigenação que fazem MS ser este lugar especial, e Campo Grande este lugar que recebe e acolhe esses povos, essas culturas, que vai tecendo na linha, na rede das identidades, o MS”, finaliza o secretário de Cultura.

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