Deputada foi presa em Roma após tentar escapar de condenação no Brasil por invasão ao sistema do CNJ
A Justiça da Itália decidiu, nesta sexta-feira (1º), manter presa a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), detida em Roma no início da semana. A decisão foi tomada após audiência de custódia realizada dois dias após sua prisão, ocorrida na última terça-feira (29), e mantém a parlamentar sob custódia enquanto avança o processo de extradição solicitado pelo governo brasileiro.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023. Segundo as investigações, ela teria sido a mentora intelectual do ataque cibernético que resultou na emissão fraudulenta de um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. O ataque foi executado por Walter Delgatti, também condenado, que confirmou ter agido a mando da parlamentar.
A deputada deixou o Brasil em maio, após a condenação, alegando perseguição política e buscando asilo na Itália, país do qual também possui cidadania. No entanto, o governo brasileiro oficializou o pedido de extradição no dia 11 de junho, por meio de despacho assinado pelo próprio Moraes. O Itamaraty então encaminhou a solicitação ao governo italiano.
Na quinta-feira (31), a Advocacia-Geral da União (AGU) reafirmou que tomará todas as providências necessárias para garantir que o processo de extradição seja concluído. Ainda assim, o procedimento deve seguir um trâmite complexo, que inclui a análise da Justiça italiana e a decisão final do governo do país europeu.
Não há prazo para que a extradição seja definida. Enquanto isso, Zambelli permanece sob custódia das autoridades italianas.
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