Protestos após morte de Mahsa Amini chegam nas universidades

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Imagem: Reprodução/Redes Sociais

As manifestações e protestos após a morte de Mahsa Amini, jovem presa por não estar usando o véu islâmico, continuam se espalhando por todo o Irã e agora alcançaram as escolas e universidades do país. Com isso, as forças de segurança forma mobilizadas até os centros educacionais para intensificar o esforço do governo em reprimir os atos.

As tropas se localizam principalmente no entorno de universidades, pelas cidades de Urmia, Tabriz, Rasht e a capital Teerã. Esses locais são onde se concentram a maior massa de protestos dos últimos dias. Segundo testemunhas, estudantes estão com medo de transitar pelo campus e que diversas vans da polícia estão pelo local, levantando a suspeita de que estejam ali para prender alunos.

Grupos de direitos humanos acreditam que já aconteceram milhares de prisão e ao menos, cerca de 150 mortes. Também contabilizam um grande número de feridos, motivados pela intensa repressão que o governo iraniano tem feito nas últimas semanas nas manifestações, que estão sendo consideradas como o maior desafio dos clérigos do Irã em anos, com ativistas pedindo a queda do regime.

Em meio aos protestos, surgem novos pontos focais, como a morte de Nika Shakarami, uma jovem de 17 anos, que supostamente teria falecido em Teerã enquanto participava dos protestos por Amini.

A imprensa do país divulgou nesta quarta-feira (5), que o governo iraniano abriu um processo judicial para investigar a morte de Shakarami, além de afirmarem que a jovem não teria morrido por causa da repressão dos protestos, mas sim, que ela teria caído de um telhado e que o seu corpo não teria ferimentos de bala.

Sobre a morte de Amini

As manifestações se espalharam pelas 31 províncias do Irã, após Mahsa Amini falecer dia 16 de setembro, depois de ter sido detida pela policia da moralidade por não estar usando o hijab, véu islâmico utilizado para cobrir o cabelo. Durante o período em que ficou presa, a jovem precisou ser internada e veio a óbito, após ficar três dias em coma.

As autoridades de Teerã afirmaram na época que a jovem teria tido um ataque cardíaco, após ser levada à delegacia para ser “convencida e educada”. Familiares da vítima negam que Amini sofria de algum problema cardíaco.

Após a divulgação da sua morte, manifestantes e a família de Mahsa acusaram a polícia de terem espancado a mulher e provocado a sua morte e com isso, começaram os protestos que estão sendo atualmente repreendidos.

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