Revoltas e protestos estão eclodindo nas ruas o Irã, após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, detida pela polícia por não estar usando o hijab, tradicional véu islâmico.
Na terça-feira (13), a jovem havia sido presa pela polícia da moralidade, responsável por impor regras rígidas de vestuário para as mulheres, enquanto visitava Teerã, capital do Irã acompanhada sua família.
Durante o período em que ficou detida, Masha precisou ser internada e veio a falecer na sexta-feira (16). Manifestantes acusaram a polícia de terem espancado a mulher e provocado a sua morte, já as autoridades negam a agressão física e declararam que ela teria tido um ataque cardíaco, após ser levada à delegacia para ser “convencida e educada”. Familiares negam que Amini sofria de algum problema cardíaco.
Após a morte da jovem, manifestantes tomaram as ruas de Teerã, cidade natal da vítima, enquanto mulheres tiravam os hijabs em público para protestar. Na sexta-feira (16), uma multidão se reuniu em frente ao hospital Hospital Kasra, onde a mulher havia morrido após três dias em coma. Durante o funeral de Mahsa no sábado (17), a população também compareceu, enquanto gritavam frases contra o governo atual. Além disso, uma hashtag persa intitulada #Mahsa_Amini ficou em primeiro lugar neste domingo, com quase 1,5 milhão de tuites no Twitter.
O diário do governo iraniano acusou os reformadores de “explorar as emoções do povo usando um infeliz incidente para virar a nação contra o governo e o presidente”.
A polícia da moralidade, responsável por fiscalizar o uso do véu por mulheres no Irã, que é obrigatório, já vem sendo criticada por vários meses pelas suas intervenções violentas. O código de vestuário está em vigor no país desde a revolução islâmica, em 1979.
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