Colisão entre avião da guarda costeira e aeronave comercial mata cinco pessoas no Japão

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Cinco tripulantes de um avião da guarda costeira do Japão morreram, após uma colisão com um avião comercial da Japan Airlines, no aeroporto internacional de Haneda, em Tóquio. Mesmo com a explosão, os 379 passageiros da aeronave comercial sobreviveram.

Airbus A350-900 da Japan Airlines colidiu com aeronave da guarda costeira japonesa, segundo informações preliminares. O Ministério dos Transportes japonês investiga o episódio. Havia seis pessoas no avião militar: cinco morreram e uma, o piloto, escapou com ferimentos graves, conforme a emissora estatal NHK.

Eles aguardavam para decolar para a costa oeste do país, levando ajuda humanitária pelos civis afetados pelo terremoto desta segunda (1º), que deixou ao menos 48 mortos.

No avião comercial, todos os 367 passageiros e os 12 tripulantes do voo conseguiram desembarcar em segurança. Ao menos 17 pessoas ficaram feridas, segundo a NHK, que não detalhou o estado de saúde delas.

Todas as pistas do aeroporto de Haneda estão fechadas no momento. Imagens do aeroporto registradas às 17h50 locais (5h50 no horário de Brasília) mostram o avião da Japan Airlines rodando na pista antes de uma grande explosão, que deixou um rastro de chamas.

Pista ficou coberta de escombros. Mais de 70 caminhões de bombeiros se deslocaram para o aeroporto de Haneda, um dos dois aeroportos internacionais de Tóquio e um dos mais movimentados do mundo.

Terremoto

O começo de ano não está sendo fácil para a população japonesa. Um terremoto de magnitude de 7,6 atingiu o centro norte do país  às 16h10 (4h10 no horário de Brasília) desta segunda-feira (1º), causando a morte de ao menos 48 pessoas e incêndios e destruição na costa oeste do país.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o terremoto foi o mais forte na região em mais de 40 anos, mas horas após o sismo, dados sobre o número de atingidos ainda eram escassos. O porta-voz do governo japonês, Hayashi Yoshimasa, disse em um encontro de emergência com jornalistas que as autoridades ainda estavam verificando a extensão dos danos.

Ao todo, mais de 50 sismos de magnitude 3,2 ou mais atingiram a península de Noto em quatro horas.
Segundo a Agência Meteorológica do Japão, tremores secundários podem continuar acontecendo por até uma semana. Por isso, o primeiro-ministro Fumio Kishida rogou à população que seguisse o alerta. “Peço às pessoas em áreas onde são esperados tsunamis que desocupem suas casas o mais rápido possível”, disse o premiê.

Kishida também disse aos repórteres ter instruído as equipes de busca e resgate a fazerem o possível para salvar vidas, mesmo que o acesso às áreas atingidas fosse difícil devido às estradas bloqueadas.

O governo afirmou que, até a noite desta segunda, havia ordenado que mais de 97 mil pessoas em nove províncias da costa oeste da principal ilha do Japão, Honshu, saíssem de suas casas.

A imagem de uma grande rachadura em uma estrada em Wajima, município de 30 mil habitantes, também foi divulgada. Na cidade, houve relatos de pelo menos 30 prédios desabados, e incêndios consumiram vários prédios. O terremoto também abalou prédios na capital, Tóquio, na costa oposta à do epicentro.
Mais de 36 mil residências ficaram sem energia na região após o tremor, e quando chegou a noite, quase 32 mil residências ainda estavam sem energia em Ishikawa, conforme a empresa responsável. A previsão era que as temperaturas caíssem para quase zero em algumas áreas durante a madrugada.

O terremoto desta segunda ocorreu durante o feriado de 1º de janeiro, quando milhões de japoneses tradicionalmente visitam templos para marcar o ano novo. Em Kanazawa, um destino turístico popular em Ishikawa, imagens mostraram os restos de um torii, tradicional portão japonês, espalhados na entrada de um santuário enquanto fiéis observavam.

Com informações da Folhapress.

Acesse as redes sociais do Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *