China registra protestos contra a política Covid zero após incêndio deixar 10 mortos

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Foto: Freepik

O incêndio de um prédio residencial que acabou causando a morte de dez pessoas impulsionou protestos contra a política Covid zero na região de Xinjiang, no extremo oeste da China.

De acordo com informações, o incêndio ocorreu na noite desta quinta-feira (24). Autoridades afirmam que todos os residentes conseguiram sair das suas casas, mas na rede social Weibo, usuários dão a entender que muitas pessoas não puderam escapar das chamas, pois o prédio estava parcialmente trancado, ocasionando na morte de dez pessoas.

Além disso, vídeos mostram nas ruas carros elétricos sem carga, que foram utilizados nos bloqueios, impedindo que os bombeiros chegassem a tempo no local. Usuários começaram a afirmam que as mortes foram ocasionadas pela política de Covid zero.

Na manhã deste sábado (26), autoridades realizaram uma coletiva de imprensa onde negaram que as medidas foram as responsáveis por impedir que as pessoas escapassem do incêndio e que o resgate conseguisse agir a tempo. Também afirmaram o caso será investigado.

Porém, esse comunicado não impediu que a população protestasse contra as medidas adotadas em razão ao coronavírus. Nas ruas, grupos de pessoas gritavam “fim do bloqueio”.

Xinjiang foi colocada sob o lockdown mais longo do país, com cerca de 4 milhões de moradores de Urumqi impedidos de deixar suas casas por um período de até 100 dias. A cidade registrou cerca de duzentos novos casos de covid nos últimos dias.

Nesta sexta-feira (25), a China alcançou 35.183 novos casos, batendo um novo recorde pelo terceiro dia consecutivo. O aumento vem gerando bloqueios generalizados, restrições de circulação e aos negócios.

Na mesma sexta, seis milhões de habitantes da cidade chinesa de Zhengzhou, onde está localizada a maior fábrica de celulares iPhone do mundo, entraram em confinamento. Policiais e funcionários, que reivindicavam melhores salários, entraram em confronto.

Com informações da Folhapress.

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