Zhang Jun, representante chinês na ONU (Organização das Nações Unidas), alertou que um acidente na usina nuclear de Zaporizhia poderá ser mais grave do que Fukushima, que ocorreu no ano de 2011. Tropas russas estão atualmente no controle da usina ucraniana, que tem sido alvo de bombardeios durante esta semana.
O alerta ocorreu nesta quinta (11), durante o Conselho de Emergência, convocado pela Rússia. O representante chinês lembrou que Zaporizhia, localizado no Leste da Ucrânia, é a maior central nuclear na Europa e que não queria que o “mesmo risco” se repetisse, fazendo relação com o acidente de Fukushima.
Zhang também pediu para que russos e ucranianos exerçam “contenção, atuem com prudência, evitem tomar medidas que comprometam a segurança nuclear”, além de pedir para os dois países removerem os obstáculos para a visita de especialistas da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), em Zaporizhia.
O representante também manifestou apoio à AIEA, que desempenha o papel ativo em relação a questões de segurança e proteção nuclear e finalizou o comunicado afirmando que após cinco meses de guerra e conhecendo os problemas de segurança que um conflito desses representa para instalações nucleares, somente o restabelecimento de paz poderia eliminar os riscos.
Rafael Grossi, diretor-geral da AIEA, comentou durante a mesma reunião que analises preliminares não apontam uma “ameaça imediata” à segurança nuclear , mas alertou que a situação é grave e pode mudar rapidamente.
O acidente em Fukushima ocorreu no Japão, em 11 de março de 2011, após um forte terremoto de 9° na escala Richter, foi responsável por ondas de 15 metros de altura e cerca de 18 mil pessoas mortas.
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