Pelé, o Rei do Futebol morre no dia que completaria um mês internado em São Paulo

Foto: Instagram/Pele
Foto: Instagram/Pele

Campo Grande recebeu Pelé nos anos de 65, 73 e 95

O mineiro Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido mundialmente como Pelé, Rei do Futebol e também como o maior goleador da história, morreu aos 82 anos, na tarde desta quinta-feira (29), dia que completaria um mês internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para reavaliação do tratamento de quimioterapia contra um câncer de cólon identificado em setembro de 2021.

Nas redes sociais, o perfil oficial de Pelé deixou uma mensagem após o anúncio de sua morte. “A sua mensagem em vida se transforma em legado para as futuras gerações. Amor, amor e amor, para sempre“.

Na história do futebol sul-mato-grossense, Pelé participou pelo menos duas partidas atuando pelo Santos. No dia 11 de maio de 1965, o Estádio do Belmar Fidalgo foi palco de uma emblemática partida com a vinda de Pelé em um jogo entre Comercial e Santos, que acabou em 4×1, sendo três gols de Pelé, um de Coutinho e um de Nino para o Comercial.

A partida em Campo Grande foi onde o Pelé marcou os gols 710, 711, e 712 da carreira. Personagens que estiveram em campo naquele dia retrataram como foi encarar Pelé. “Era um baita negão, a gente nem via a cor da bola”, disse Bráulio paraguaio, na época um dos jogadores da defesa do Comercial.

A data de 12 de setembro de 1973 também está marcada na história do Esporte Clube Comercial. O Colorado, estreante na série A do Campeonato Brasileiro venceu o Santos de Pelé, no estádio Pedro Pedrossian “Morenão”, pelo placar mínimo de 1 a 0. Um feito lembrado até hoje.

Como ministro Extraordinário dos Esportes, Pelé foi até Campo Grande novamente na primeira edição dos Jogos Abertos Indígenas do Mato Grosso do Sul, no dia 26 de abril de 1995. A cerimônia ocorreu no parque de exposições Laucídio Coelho.

Belas lembranças

Além de competições, a proximidade com Pelé sempre foi motivo de orgulho e saudade para os sul-mato-grossenses, como no caso do fotógrafo Roberto Higa, que lembrou da época quando registrou fotos do Pelé desembarcando no Aeroporto de Campo Grande antes de encarar o Comercial.

Foto: Arquivo/Roberto Higa

Higa lembrou da cena que o meio-campista colorado Ivo Sodré deu um drible no Pelé logo no início do jogo. “O jogo prosseguiu. Ganhando de 2 a 1, o Pelé foi caçar ele. Até que ele conseguiu “descontar” com outro belo drible em Ivo, fato que fez a torcida ir à loucura. Havia muito expectativa na época, pois havia se passado apenas três anos da conquista da Copa do Mundo de 70”, conta o fotógrafo.

O rei do futebol também marcou a vida de Francisco Gonçalves, 82, hoje morador do Bairro Coophatrabalho e que antigamente teve a oportunidade de jogar com o Pelé pela Seleção Brasileira do Exército em 1959.

“Você não tem ideia o quanto Pelé apanhava em campo. Ele era um touro  fisicamente, forte e muito rápido. Teve um momento no jogo da Argentina que ele apanhou tanto, quando resolveu devolver as entradas, deu uma entrada no meio do argentino que chegou a ser expulso do jogo”, comenta ao lembrar da partida vencida pelo Brasil por 2 a 1.

Foto: Marcos Maluf

Quando o Rei visitou Campo Grande

No Memorial Esportivo da Praça Belmar Fidalgo, na Capital, matérias jornalísticas regionais com manchetes de “Pelé e Cia. passam hoje em Campo Grande” e “Gente de Longe vem ver Pelé”, estão estampadas ao lado da réplica da camisa do Santos de número 10, de 1965, igual a que Pelé vestia.

O grande responsável por estas visitações é Osvaldo Duque, o“Bolão”, que se orgulha especialmente da foto de seu pai Felipão, juiz que aparece em uma das fotos estampadas no memorial entregando um arco e flecha, como homenagem ao garoto Pelé. Além das fotos, o memorial transmite aos visitantes um vídeo com jogadores, comissão técnica e jornalistas mostrando como era futebol regional na época.

Foto: Mariely Barros

Com a extraordinária marca de 1281 gols, Pelé começou a jogar pelo Santos Futebol Clube aos quinze anos e pela Seleção Brasileira de Futebol aos dezesseis. Durante sua carreira na seleção, ganhou três Copas do Mundo da FIFA: 1958, 1962 e 1970. Em clubes, Pelé é o maior artilheiro da história do Santos e os levou a várias conquistas, com destaque para duas Copas Libertadores da América e dois Mundiais Interclubes, vencidos em 1962 e 1963.

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