Nesta última quarta-feira (10), a Confederação Brasileira de Skateboarding (CBSk) expressou profundo descontentamento diante da decisão arbitrária da Federação Internacional de Roller Sports (World Skate) em indicar a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação (CBHP) como única entidade filiada no Brasil para a gestão do Skateboarding olímpico, além de determinar que o Comitê Olímpico do Brasil (COB) assuma o controle na sequência do ciclo para Paris 2024.
A CBSk destaca que a decisão, envolta em questões políticas e irregularidades, foi tomada sem a devida consulta à entidade máxima do esporte no país, conforme estipula o estatuto da Federação Internacional. A falta de diálogo e a desfiliação, um ato que deveria ser discutido democraticamente, foram apontados como pontos de preocupação.
A entidade brasileira reafirmou seu compromisso em trabalhar pela gestão autônoma do Skateboarding no país, destacando que a World Skate não tem autoridade para interferir na autonomia nacional na escolha da entidade gestora do esporte. A CBSk espera que o Ministério do Esporte e o COB não aceitem essa decisão, que representa uma intervenção externa prejudicial ao ordenamento esportivo brasileiro respaldado pela Lei Geral do Esporte.
A CBSk argumenta que a decisão da World Skate viola a Constituição Federal e o estatuto do COB, interferindo diretamente na modalidade olímpica e no direito de livre associação, além de questionar a autonomia das entidades nacionais envolvidas. A imposição à COB como se fosse subordinado à World Skate é considerada ilegal.
A CBSk ressaltou sua liderança no ranking de prestação de contas do COB, destacando que, ao contrário da CBHP, está apta a receber recursos públicos com base em critérios técnicos e objetivos.
Sobre o orçamento para o Skateboarding Olímpico em 2024, a CBSk lembra que conquistou o 4º maior orçamento entre as confederações olímpicas filiadas ao COB e celebrou contrato para a utilização desses recursos. A entidade espera que o COB, em conformidade com seu estatuto, não impeça a CBSk de gerir a modalidade em âmbito olímpico, evitando assim um perigoso precedente de insegurança jurídica.
A CBSk considera fundamental o respeito à autonomia nacional na escolha da entidade gestora do Skateboarding e espera uma posição ativa do COB em defesa de sua filiada e do esporte brasileiro.
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