Em uma disputa emocionante, os croatas venceram por 2×1 a equipe de Marrocos e conquistaram o terceiro lugar da Copa do Mundo, sediada no Catar. Desde 1991, a seleção da Croácia fica pela terceira vez entre as quatro melhores seleções do mundo. A primeira foi em 1998, na França.
A Croácia foi quem abriu o placar, logo no início do jogo, com um jogada de cobrança de falta. Livaja levantou na área e Perišic ajeitou de cabeça para o zagueiro Gvardiol mergulhar e fazer um gol aos 7 minutos do primeiro tempo.
Sem perder o ritmo, a Seleção do Marrocos buscou o empate logo em seguida. Aos 9 minutos, Ziyech, em cobrança de falta, levantou a bola dentro da área, que a zaga croata cortou mal, e o zagueiro Dari conseguiu cabecear para o fundo das redes.
Com o jogo equilibrado, as duas seleções criaram oportunidades de gols, e quem novamente ficou em vantagem no placar foi a Croácia, no fim do primeiro tempo.
Aos 42 minutos, Oršic aproveitou uma saída errada da defesa marroquina e fez um gol no ângulo do goleiro Bounou.
No segundo tempo, Marrocos tentou pressionar a Croácia, mas sem levar grande perigo para o goleiro Livakovic, o que permitiu que os croatas chegassem com perigo em jogadas de contra-ataque.
Apesar das tentativas, ninguém balançou as redes no segundo tempo e a Croácia, vice-campeã em 2018, ficou com o terceiro lugar da competição.
Além do jogo
Para os marroquinos, chegar a essa altura no campeonato, também foi significativo. Eles são donos, agora, da melhor campanha de uma nação africana e de língua árabe na história da competição. O máximo alcançado por um africano havia sido as quartas de final: Camarões, em 1990, Senegal, em 2002, e Gana, em 2010.
O fato de a Croácia ter vencido neste sábado (17) a disputa entre os dois países pelo terceiro lugar, por 2 a 1, no estádio Khalifa, ficou apenas como pano de fundo em trajetórias das quais as torcidas dos dois países podem se orgulhar.
Disputas de terceiro lugar costumam ter jogos frios, com as equipes sem muito ânimo, como se jogar fosse apenas uma obrigação. Não foi o caso de Croácia e Marrocos, ambas determinadas a vencer desde o primeiro minuto.
Protagonismo marroquino
A derrota não apaga o grande feito de Marrocos, que alcançou nesta edição a melhor campanha de uma equipe africana em Copas do Mundo. Um resultado que encheu de orgulho, também, as nações árabes, justamente na primeira edição realizada no Oriente Médio.
Desde que passou da fase de grupos, eliminando a Bélgica, os marroquinos passaram a ser tratados como a grande surpresa da Copa do Mundo. O rótulo incomodava Walid Regragui. Para o técnico marroquino, os resultados eram fruto de um “trabalho duro.”
Foram anos para montar a seleção que conquistou fãs no Qatar e ao redor do mundo. A formação começou com o garimpo de atletas que pudessem defender o país, mas que até algum tempo atrás estavam fora do radar.
Eram os filhos e netos de migrantes que, na maioria das vezes, optam por defender seleções de países europeus onde seus familiares se estabeleciam na busca por uma vida melhor.
Reverter esse fluxo e incorporar à seleção marroquina o talento de atletas com DNA da nação foi o trabalho que teve como resultado a formação de um elenco com atletas nascidos no Velho Continente.
Depois de passar por Bélgica, Espanha e Portugal, Marrocos só caiu diante da França, atual campeã. Mas vendeu caro a derrota por 2 a 0 na semifinal, mostrando que não estava ali por acaso.
Com informações da Folhapress
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