Riedel apoia Bolsonaro e tem apoio da esquerda

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Tendo optado por um apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), o candidato ao governo, Eduardo Riedel (PSDB), se viu obrigado a recorrer a uma velha tradição das lideranças tucanas sempre acusadas de permanecer “em cima do muro” em momentos decisivos decisivos.

Ao ter o Capitão Contar (PRTB), bolsonarista raiz, como adversário na disputa do segundo e ao mesmo tempo receber e necessitar os votos dos eleitores de Lula, ele vive um momento de contorcionismo político.

A manutenção ou não do apoio ao presidente acabou sendo um dos temas da sabatina que o candidato tucano participou na Folha/UOL onde foi questionado pelos jornalistas Kennedy Alencar, Leonardo Sakamoto e Marcelo Toledo. A sabatina do UOL contaria também com a presença do candidato Capitão Contar (PRTB), que não compareceu.

“O meu apoio a reeleição do presidente Jair Bolsonaro é um posicionamento pessoal meu e foi decidido desde o início por convicções que tenho e vou manter”, afirmou Eduardo Riedel, que disse que não mudará de posição para votar no ex-presidente Lula (PT) apesar de receber o apoio de partidos no Estado.

Riedel também manteve distância do discurso da campanha do candidato Lula onde coloca a reeleição de Jair Bolsonaro como um risco para a democracia. “As instituições brasileiras estão consolidadas e isso se deu através dos anos”, foi o que afirmou o candidato do PSDB ao Governo do estado.
No calor da emoção

Eduardo Riedel também minimizou a declaração de apoio a o Capitão Contar que foi dada pelo presidente Jair Bolsonaro durante o debate promovido pela Rede Globo pouco antes do primeiro turno da eleição, ao ser provocado pela Senadora Soraya Thronicke, candidata a presidente pela União Brasil.

“A fala do presidente se deu no calor do debate e ele mesmo reconsiderou logo depois e já no início da campanha no segundo turno declarou neutralidade em vídeo gravado na presença da Senadora eleita Tereza Cristina”, disse Eduardo Riedel.

Ninho tucano

Com relação do PSDB que nessa eleição abriu de ter um candidato próprio e tem uma forte divisão interna com parte dos membros apoiando o ex-presidente Lula e parte na campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro, Eduardo Riedel defende uma ampla discussão para que a sigla que saiu muito enfraquecida desta eleição não venha a desaparecer futuramente.

“O partido precisa decidir o caminho que pretende seguir, pois, hoje, conta com 18 deputados e pode encolher ainda mais se permanecer dividido”, disse o candidato tucano.

O que deseja para MS

Além da questão do apoio ao presidente Jair Bolsonaro, Riedel reforçou seu compromisso com a democracia, com o crescimento sustentável, com a geração de emprego e renda e com políticas públicas que apoiem as populações mais carentes, sem esquecer de criar uma porta de saída para a dependência destas pessoas ao poder público.

Riedel também destacou sua estratégia para a educação, ressaltando o projeto de universalização das escolas de Tempo Integral e a valorização profissional dos professores e demais trabalhadores da educação. Na área da segurança pública, o candidato pontuou a importância da parceria com o Governo Federal para encarar o desafio de proteger a fronteira seca e impedir a entrada de armas e drogas no país.

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