Cortes de verbas colocam em risco universidades públicas

Universidades públicas
Divulgação/UFGD

Com o bloqueio de verbas para o custeio das universidades públicas, diversas instituições de ensino superior do país afirmam que não conseguirão manter-se funcionando neste segundo semestre. A situação é fruto de uma redução, de 46%, no orçamento discricionário das universidades desde 2016, como reflexo do teto de gastos públicos implementado no Brasil.

As universidades federais tiveram, em 2022, mais de R$ 400 milhões cortados em recursos discricionários. Diferente dos gastos obrigatórios (que pagam os salários, por exemplo), estes podem ser remanejados para outras áreas. Dessa forma, o corte de verbas afeta principalmente estudantes de baixa renda, que dependem de auxílios para a manutenção do curso.

Além disso, o corte não afeta apenas a educação como uma instância isolada, mas sim toda a sociedade. 80% das pesquisas científicas do país são realizadas em universidades públicas, o que representa uma grande ameaça ao desenvolvimento social e econômico do país.

Uma das federais mais afetadas com o corte de verbas é a Universidade Federal da Grande Dourados. A instituição informou que corre risco de não conseguir ofertar aulas a comunidades indígenas e camponeses que estudam na modalidade de alternância e precisam se deslocar de suas localidades. Atualmente, a UFGD oferece, além de auxílios, transporte para a população indígena que precisa se locomover até o campus, em caso da modalidade presencial.

A redução já é realidade na universidade. Nos últimos seis anos, as bolsas de auxílio estudantil deixaram de atender entre 38% e 48% dos alunos carentes. direcionada para bolsas de programas de assistência estudantil, para moradia, alimentação e transporte, como o Programa Permanecer, por exemplo.

 

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