Mato Grosso do Sul registra R$ 353 milhões em vendas nas plataformas digitais
Com um forte investimento no mercado agrícola, o estado de Mato Grosso do Sul é um dos principais que comercializam fertilizantes no Brasil. Esses dados foram apresentados pelo Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, que pertence ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). De acordo com a pesquisa, o Estado é um dos líderes nas vendas do produto por meio de plataformas online, vindo logo atrás do Maranhão.
Na categoria de comércio por capítulo, o Estado se destacou com um valor bruto de produtos avaliados em R$ 353 milhões, superando o segundo colocado na lista por uma diferença de R$ 100 milhões. Além dos fertilizantes, outros itens que apresentam alta taxa de comercialização incluem produtos da indústria química, sementes e frutas oleaginosas, máquinas e dispositivos eletrônicos, veículos automotores, produtos farmacêuticos, carnes, sal e sabões. Conforme a pesquisa, Mato Grosso do Sul computou uma variação de 266,78% de 2022 para 2023.
Na análise de comércio por unidades federativas e produtos, o estado mantém a liderança na venda de fertilizantes e produtos destinados à agricultura. Entre os itens com grande demanda no comércio estadual, destacam-se irrigadores para a agricultura, cloretos de potássio, soja, herbicidas, fungicidas e aparelhos de ar condicionado. Ao todo, o estado de Mato Grosso do Sul contabilizou aproximadamente R$ 1,1 bilhão em transações no setor de e-commerce. Em 2023, 88% das vendas ocorreram dentro do próprio estado, apresentando um aumento de 13% em comparação a 2022.
Cenário de aparelhos eletrônicos é o mais promissor do país
O comércio eletrônico no Brasil continua a apresentar expansão no cenário nacional. Em 2023, o setor alcançou um faturamento de R$ 196,1 bilhões, representando um crescimento de 4,8% em comparação a 2022, ano em que o volume de transações totalizou R$ 187,89 bilhões. Desde 2016, o e-commerce no país teve um aumento superior a cinco vezes.
Os dados foram obtidas a partir das notas fiscais eletrônicas disponibilizadas pela Receita Federal, apresentam que os smartphones continuam sendo os produtos mais comercializados no e-commerce brasileiro no ano passado, alcançando a quantia de R$ 10,3 bilhões. Na sequência estão os livros, brochuras e materiais impressos semelhantes com R$ 6,4 bilhões; televisores com R$ 5,3 bilhões; refrigeradores e congeladores com R$ 5 bilhões; tablets com R$ 4,4 bilhões; e suplementos alimentares com R$ 3,7 bilhões.
Apesar de sua posição de destaque, o faturamento proveniente das vendas de celulares sofreu uma diminuição de 43% em comparação a 2021, ano em que as vendas atingiram R$ 18,1 bilhões, o maior montante registrado desde o início da série histórica do observatório, que possui dados desde 2016. Em relação a 2022, quando o total de vendas foi de R$ 16,9 bilhões, a queda em 2023 foi de 39%.
Na III Reunião da FMCS (Câmara de Comércio e Serviços Conectados ao Varejo) realizada no início do mês, Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, enfatizou a importância do e-commerce para o avanço do país. Destacando que a plataforma oferece dados estratégicos que podem impulsionar o crescimento do comércio no Brasil. “Essa plataforma trouxe uma visão mais clara sobre o comércio eletrônico, mostrando seu crescimento e a situação dos estados e regiões”, afirmou o secretário.
Uallace Moreira explicou que os estados como São Paulo e Minas Gerais representam uma grande porcentagem na comercialização de produtos eletrônicos, destacando a redução do desemprego e o crescimento do PIB, ocorridos sob o atual governo, como fatores fundamentais para o fortalecimento do poder de compra da população. “São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais representam quase 60% do comércio eletrônico. Isso evidencia a necessidade de um esforço considerável em relação à inclusão digital e à distribuição de renda”.
Os dados coletados pelo Observatório do Comércio Eletrônico Nacional revelaram diferenças significativas entre as diversas regiões do Brasil. A região Sudeste manteve sua posição de destaque no e-commerce, concentrando a maior parte das vendas online, com 73,5%; em seguida, estão o Sul, com 15,2%; o Nordeste, com 7%; o Centro-Oeste, com 3%; e o Norte, com 1,3%. Em relação à origem das compras, a região Sudeste foi responsável por 55,6% dos negócios concretizados, seguida pelo Sul com 16,8%, Nordeste com 15,8%, Centro-Oeste com 8,3% e, por último, o Norte com 3,3%.
Por João Buchara
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