A Petrobras anunciou, na manhã desta segunda-feira (20), que Fernando Assumpção Borges assumirá o cargo de presidente interino da estatal. A nomeação veio após o pedido de demissão de José Mauro Coelho, no mesmo dia.
Fernando Borges é diretor executivo de Exploração e Produção da companhia. Ele ficará no comando da companhia até que seja eleito e empossado um novo presidente na estatal. O executivo trabalha na companhia há 38 anos.
O provável substituto efetivo é Caio Paes de Andrade, secretário de desburocratização do ministério da economia. A nomeação é recomendação do governo, já que Caio é um homem de confiança do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Carreira do presidente interino
Fernando Assumpção Borges é Engenheiro de Petróleo Sênior, com 33 anos trabalhados no segmento de Exploração e Produção na Petrobras. Ele Atuou como Gerente Geral de Concepção e Implantação de Projetos no E&P-Libra. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Uberlândia em 1982, o executivo participou de diversas funções gerenciais na área de exploração e produção.
Em abril de 2016, Fernando Borges assumiu a direção do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), onde ficou à frente até março de 2020. Atualmente ele continua como membro do conselho do IBP.
Pedido de demissão
A renúncia de José Mauro Coelho veio após pressão do governo. De olho nas eleições, o presidente Jair Bolsonaro cobrou dos três executivos nomeados por ele para o comando da Petrobras que os preços dos combustíveis fossem contidos. Com o novo reajuste da estatal, já era esperado a demissão do atual presidente.
A política de preços da Petrobras segue a mesma adotada em 2016 pelo governo Michel Temer. Ela é submetida ao critério de paridade internacional, o que significa que os preços dos combustíveis levam em consideração a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e, também, as oscilações do dólar.
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