De fruta popular a luxo: preço da banana chega a R$ 8,99 em Campo Grande

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Pesquisa aponta variação de até 50% no preço do produto, enquanto outros itens da lista também registram altas expressivas

 

O preço da banana, que já foi considerada uma das frutas mais acessíveis para o consumidor, agora pesa no orçamento das famílias em Campo Grande. A pesquisa semanal realizada pelo O Estado revelou que o quilo do produto pode ser encontrado por até R$ 8,99 (Nunes), enquanto o menor preço é de R$ 5,99 (Fort), uma variação de 50% entre os mercados. O preço médio da banana ficou em R$ 7,19, acompanhando a tendência de alta que também atinge outros itens da cesta básica.

Além da banana, outros produtos básicos mostram como o custo de vida tem subido para o campo-grandense. O arroz de 5 kg, por exemplo, apresenta uma diferença significativa, com preços variando de R$ 26,30 (Fort) a R$ 29,95 (Pires). Já o feijão de 1 kg, item indispensável na mesa dos brasileiros, custa entre R$ 4,69 (Assaí) e R$ 6,99 (Nunes).

A alta nos preços é atribuída a fatores como a questão climática, a escassez de produtos e a valorização do dólar, conforme destacou Edmilson Veratti, vice-presidente da FCDLMS. “São vários os motivos que levam à inflação dos alimentos, mas o impacto disso é direto no consumo: quem consumia carne todos os dias está migrando para outras fontes de proteína, como frango e peixe”, afirmou.

O cenário também afeta os produtos de origem animal. O leite integral de 1 litro, por exemplo, custa de R$ 4,59 (Assaí) a R$ 5,79 (Pires). Os ovos médios (12 unidades), que são uma alternativa para a substituição de carne, variam de R$ 7,99 (Fort) a R$ 9,99 (Nunes).

De acordo com o Dieese, a cesta básica em Campo Grande é uma das mais caras do país, com um custo de R$ 764,24, ficando atrás apenas de cidades como São Paulo, Florianópolis e Rio de Janeiro. Embora tenha registrado uma leve queda de 0,79% em janeiro, o impacto nos bolsos das famílias segue alto, principalmente com produtos que têm oscilações de preço expressivas.

 

Por Djeneffer Cordoba

 

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