Ruas desniveladas e sem asfalto são o terror dos moradores do Jardim Noroeste

Foto: Nilson Figueiredo
Foto: Nilson Figueiredo

Uma bacia de amortecimento está sendo feita no bairro para tentar amenizar os alagamento

Os quatro cantos periféricos de Campo Grande sofrem do mesmo problema, ruas de terra desniveladas que prejudicam motoristas, motociclistas e pedestres. Não é diferente no bairro Jardim Noroeste, onde a equipe do jornal O Estado esteve após uma forte chuva que atingiu a região na última segunda-feira (22).

Segundo populares, a precariedade das ruas de terra prejudica principalmente os carros que atolam e quebram quando passam, mesmo quando não chove. Além disso, terrenos baldios com matagal facilitam o surgimento de cobras e outros animais peçonhentos.

No relato da diarista Suellen dos Santos Nunes, 31, que mora há seis meses no bairro, a condição que a região se encontra é insuportável, principalmente na Rua Marechal Mallet e suas laterais.

“Quando chove é essa a situação, mas quando para de chover, piora. O lado da rua é um mais alto que o outro, por exemplo, e quando os carros e motos passam, eles caem no buraco. É uma dificuldade. Eu e meu esposo já ajudamos alguns motoristas que tiveram problemas por conta disso. O pessoal desce antes, carros de aplicativos não se sujeitam a passar. Nos dias sem chuva a terra desmorona, acumula lixo, as pedras deslizam e fora outras circunstâncias”, explica.

Foto: Nilson Figueiredo

O apelo da moradora por atenção do poder público não para por aí, de acordo com ela, é comum ver canos jorrando água sem parar no meio das estradas de chão, como aconteceu dias atrás que a água ficou escorrendo por três dias, cedeu a parte subterrânea da rua, causando um “estrago total”. Sobre os postes de iluminação, alguns funcionam, outros não. Mas conforme Suellen, ela nunca viu sinal da prefeitura para tentar resolver a situação.

Já a Dona de casa Samara Pereira de Matos, foi flagrada pela reportagem tentando atravessar um trecho alagado. “Sempre foi assim, há dois anos que visito a casa do meu filho aqui, nunca ouvi falar sobre algum projeto para asfaltar, ou algo do tipo”, comenta.

Bacia de amortecimento

Cabe ressaltar que os moradores do bairro Noroeste não começaram a enfrentar esses problemas na última chuva e na tentativa de amenizar os alagamentos está sendo construída uma bacia de amortecimento. A função dessa bacia de contenção é, justamente, segurar a água da chuva e reter a pressão da enxurrada.

Entretanto ainda na fase inicial da obra, já enfrentou problemas com outra chuva que caiu sobre a Capital no dia 20 de dezembro, que além de “varrer” parte do serviço feito, abriu uma cratera que chegou a invadir a Avenida dos Urupês.

Serão investidos R$ 9,4 milhões na construção dessa bacia de contenção do Córrego Cascalho com capacidade de armazenamento de 8.735,81 m³, além de drenagem e pavimentação da Avenida dos Urupês. Segundo moradores, a água das enchentes do Córrego Cascalho descem do Noroeste e se acumulam nas ruas da Chácara dos Poderes, que não tem pavimentação asfáltica, principalmente a Rua EW02.

Foto: Nilson Figueiredo

Inclusive já existe uma dessas bacias “em atividade” desde dezembro em Campo Grande, do Córrego Reveilleau, na esquina das Avenidas Mato Grosso e Hiroshuima. E outras estruturas de retenção estão em fase de construção, que vão contemplar os bairros Jardim North Park e Nova Campo Grande, além do Noroeste.

Com informações Amanda Ferreira

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