Reajuste de planos de saúde individuais pode chegar a 15,5%

Reajuste
Foto: Arquivo/Agência Brasil

Foi aprovado ontem (26), o índice máximo de reajuste anual para planos de saúde individuais e familiares pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), e o aumento poderá ser de até 15,5%. A decisão foi feita pela diretoria, com quatro votos a um.

Esse é o maior reajuste anual já aprovado pela ANS. As operadoras dos planos de saúde já poderão aplicar o índice em mensalidades cobradas entre maio de 2022 a abril de 2023. Porém, a atualização dos valores só pode ser alterada a partir da data de aniversário de cada contrato.

A decisão não se aplica a planos coletivos, sejam empresariais ou por adesão, incide apenas nas mensalidades de contratos individuais e familiares, que foram firmados a partir de 1999. São cerca de 8 milhões de beneficiários, correspondendo a 16,3% do mercado de saúde suplementar.

Esse aumento histórico ocorre um ano após a ANS ter aprovado um reajuste negativo pela primeira vez. No ano passado, as operadoras tiveram que reduzir as mensalidades em quase 8,19%, por conta da queda generalizada na demanda pelos serviços durante o isolamento social, decorrentes da pandemia.

Por meio de uma nota, a ANS justificou tanto o reajuste negativo, quanto o reajuste histórico possuem relação com os efeitos da pandemia. “Não se pode analisar o percentual calculado para 2022 sem considerar o contexto e os movimentos atípicos no setor de planos de saúde nos últimos dois anos”, diz a nota.

A proposta do reajuste foi submetida ao Ministério da Economia já no início do mês de maio. Ainda na segunda-feira (23), a pasta emitiu uma nota técnica com aprovação da aplicação do reajuste. O cálculo para realizar o reajuste foi adotado em 2018, e é influenciado pela variação das despesas assistenciais do ano anterior. Leva em conta também o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação do país.

Em 2021, a variação foi de 20,35%, o maior percentual da série histórica desde 2014. Em 2020 a variação havia sido negativa de 9,2%. Todos os cálculos são realizados pela Diretoria de Normas e Habilitação de Produtos da ANS.

Com informações da Agência Brasil.

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