A SES (Secretária Estadual de Saúde) confirmou mais dois casos de comunicação pela Monkeypox, conhecida como Varíola dos Macacos. Os novos casos foram identificados em homens, um de 24 anos, e outro de 31 anos, de Dourados e Aparecida do Taboado, respectivamente. Os dois estão em isolamento domiciliar.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela SES, são 33 casos suspeitos em Mato Grosso do Sul, 14 descartados e 12 confirmados, desses oito foram identificados em Campo Grande, dois em Dourados, um em Itaquiraí e o novo caso em Aparecida do Taboado.
Segundo o boletim, todos os casos foram em homens, sendo 50% com idades entre 20 a 29 anos, 33,3% de 30 a 39 anos e 16,7% de 40 a 49 anos de idade.
A Secretaria instituiu nesta quarta-feira (17) em caráter emergencial o Centro de Operações de Emergência para o enfrentamento da doença no Estado. O objetivo do centro é promover uma resposta coordenada à doença, por meio da articulação e integração dos atores envolvidos com o tema.
O Centro terá capacidade de ter uma estrutura organizacional que subsidiará a tomada de decisão da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, por meio de análise de dados e informações, possibilitando, assim, “a definição de estratégias e ações adequadas para o enfrentamento de emergências em saúde pública no âmbito estadual”, segundo a resolução.
Farão parte do Centro o CES (Conselho Estadual de Saúde), COSEMS/MS (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul), FIOCRUZ/MS (Instituto Oswaldo Cruz), ANVISA/MS (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena).
Transmissão
A varíola dos macacos é transmitida pelo contato com a pessoa infectada, o vírus pode entrar no corpo pelo sistema respiratório, olhos, nariz, boca ou por lesões na pele. Apesar disso, a doença não se espalha facilmente.
Sintomas
Os sintomas se manifestam entre 5 e 21 dias e incluem febre alta e de início súbito, dor de cabeça e garganta, erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo podendo deixar cicatrizes visíveis na pele dos pacientes e inchaço dos gânglios nas regiões cervical, axilar e pélvica.
A coceira persistente e dolorida é outro sintoma e passa por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até formar uma crosta.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclarece que assim que os sintomas são identificados, o paciente suspeito entra em isolamento total, podendo ser domiciliar, e só recebe alta após a cicatrização total de todas as feridas. O procedimento foi aplicado em todos os casos confirmados em Campo Grande.
Prevenção
Para prevenir o contágio, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda o uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos, e evitar o compartilhamento de itens pessoais, como lençóis, talheres, toalhas e roupas, medidas que também auxiliam na proteção contra a Covid-19.
Apesar de não ser considerada uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um alerta para que homens que se relacionam sexualmente com outros homens reduzam o número de parceiros. A medida foi aconselhada após ser identificado que grande parte dos casos notificados de varíola dos macacos são de homens gays ou bissexuais.
Com informações da repórter Lethycia Anjos.
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