[Texto: Inez Nazira e Juliana Aguilar, Jornal O Estado de MS]
Em Campo Grande, o monitoramento feito com a utilização de drone passou a vigorar, oficialmente, nesta segunda-feira (8), assim marcando uma nova era na fiscalização do trânsito da Capital. Em uma hora de policiamento, foram registradas 30 infrações de trânsito, no trecho da avenida Afonso Pena.
De acordo com o comandante do BPMTran (Batalhão de Polícia de Trânsito), Carlos Augusto Pereira Regalo, a iniciativa é considerada como uma “extensão dos olhos dos agentes”, visa reduzir o número de infrações e aumentar a segurança nas vias.
“Estamos iniciando os trabalhos de monitoramento com drone oficialmente. Na semana passada realizamos um período de testes, para ver como seria a operação nas vias, também a questão de cabeamento de energia, que poderia trazer algum risco para segurança e tal. O drone já é bem conhecido por todos, mas no trânsito ele não é muito utilizado. Nosso objetivo é poder fazer com que o policial tenha uma linha de visão maior. Esse aparelho, por exemplo, tem um alcance que pode chegar a 20 km”, explicou o comandante.
A utilização de drones para fins de fiscalização em Campo Grande, já havia sido regulamentada pela Resolução nº 909/2022 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito). Esta resolução estabelece diretrizes e regras para a fiscalização por meio de dispositivos eletrônicos, incluindo drones. De acordo com o texto, os drones devem operar em vias onde haja sinalização indicativa da presença de câmeras de monitoramento e, na tela do equipamento é possível dar zoom e identificar a placa do veículo infrator para que a notificação possa ser registrada, via aplicativo”.
Antes mesmo dessa implementação oficial, a fiscalização com drones já havia sido testada em Campo Grande, especialmente para monitorar motoristas que estacionavam em locais proibidos. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) já faz o uso do drone nas rodovias, principalmente para ver quem ultrapassa em faixa contínua.
“Esse drone não é nenhuma novidade. Ele foi utilizado há uns 4, 5 anos para pegar fila dupla em frente às escolas. Só que a fila dupla em frente à escola é uma infração de trânsito, mas não é uma infração de trânsito que gera muitos riscos, porque a pessoa em tese está em baixa velocidade, para alguns segundos para deixar, ou pegar o filho, então é mais tranquilo”.
O principal objetivo é coibir infrações que potencializam o risco de um acidente e colocam em risco a vida de todos, como avançar o sinal vermelho, por exemplo, classificado como infração gravíssima. Segundo o comandante do BPMTran, há quatro infrações principais, que são as mais cometidas no trânsito da Capital.
“Estamos mais preocupados com as infrações de trânsito que geram acidentes, que põem em risco a segurança de todos. Nosso objetivo é de coibir infrações que potencializam o risco de um acidente. São as quatro principais, que são elas: avanço de sinal vermelho, uso de telefone celular e ultrapassagem em local proibido e conversão em local proibido”, pontua.
Questionado como funcionaria a aplicação das multas e pontos para o condutor na prática, o comandante explicou que fará tudo de forma digital. Os policiais têm um aplicativo e conseguem fazer o controle pelo aparelho celular, de forma rápida. Então, apenas com a placa do carro, eles conseguiram encaminhar a multa para o condutor.
“Quando o policial militar flagrar o veículo praticando uma infração de trânsito, ele só lança a placa no aplicativo, coloca o código da autuação e já vai direto na Carteira Nacional de Habilitação do condutor do veículo. É bem mais rápido”, afirma.
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