Caso Vitória: Servindo de prova, reconstituição mostrará dinâmica de assassinato cruel em Ivinhema

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Foto: Reprodução/Facebook

As investigações sobre o homicídio de Vitória Caroline de Oliveira Honorato, 15 anos, no município de Ivinhema, região sul do Estado, entrará na fase de reconstituição nesta semana. É o que confirmou o delegado da Polícia Civil responsável pelo caso, que espera elucidar de forma “latente” a dinâmica do assassinato para o júri que irá sentenciar os criminosos.

A adolescente foi asfixiada por estrangulamento até a morte na noite do dia 25  de janeiro, mas só encontrada três dias depois em uma área de brejo, onde seu corpo estava enterrado. Três suspeitos já foram presos, sendo um deles – autor de 39 anos – o único a participar da reconstituição.

Diferente do primeiro, que confessou o crime, os outros dois se consideram inocentes e preferiram manter silêncio durante a etapa de depoimentos.

Delegado do caso, Felipe Alvarez Madeira explicou para O Estado MS a importância de se fazer a reconstituição. “Poderemos entender como se deu a captura da vítima, além de acompanhar o trajeto realizado – desde a casa em que foi assassinada até onde teve seu corpo descartado. Principalmente, entender como uma adolescente de 48 quilos pôde ser carregada por apenas um integrante. Isso nos mostrará que, de fato, a ajuda de terceiros poderia ter sido indispensável”, argumenta.

Alvarez também pontua que, se tratando de uma prova criminal, a reconstituição ajudará a esclarecer o crime para o júri. “A reprodução simulada dos fatos é gravada e serve de prova. Assim como nós, agentes da polícia e peritos criminais, o júri também entenderá toda a dinâmica do assassinato por meio dela”.

“Poderia ter sido evitado”

A cidade de Ivinhema, distante 320 quilômetros de Campo Grande, ainda se encontra assustada pela crueldade dos fatos. “É um crime que com toda a certeza choca, não só pela banalidade com a vida da vítima, mas também devido a sua idade jovial. Quando uma situação não faz parte do cotidiano local, isto é, se trata de um caso isolado, realmente acaba chocando mais”, opina o delegado.

Para ele, existente muitos fatores que levaram à morte de Vitória, porém, ainda sim, há margem para o “poderia ter sido evitado”. “Orientação é que adolescente não andem sozinhos na rua, principalmente no período noturno. Em virtude da realidade do país que vivemos, tudo pode acontecer. Monitore de perto, converse abertamente com os jovens. Porque, no fim das contas, é possível evitar certos crimes quando há espaço para a pevenção”, finaliza Felipe Alvarez.

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