Três nomes surgem nos bastidores, mas definição só em fevereiro
Os 24 deputados estaduais eleitos em Mato Grosso do Sul, começam a articular sobre os novos integrantes da Mesa Diretora para a nova legislatura com início em 2023. As conversas também giram sobre quem será
o novo ou nova presidente da Assembleia Legislativa.
O atual presidente, Paulo Corrêa (PSDB), não pode mais ser reeleito, e o nome da deputada mais votada do pleito com 49.512 votos, Mara Caseiro (PSDB), já é cotado como possível indicação do ninho tucano. Apesar disso, os deputados Zé Teixeira (PSDB), hoje primeiro-secretário; e Gerson Claro (PP) estão de olho no posto.
Gerson Claro não crava o interesse e desconversa. “Dentro do partido são só dois deputados e se tiver um consenso, e que eu possa ser um nome eu vou levar em consideração. Mas isso começa com conversas ‘dentro de casa’, e nosso partido ainda não comentou ainda sobre isso”, disse Gerson Claro à TV Morena.
No caso do deputado Zé Teixeira, o forte aliado seria o deputado Paulo Corrêa, que investiria em se posicionar para o posto de primeiro-secretário dando apoio a Teixeira na presidência.
Mara Caseiro declarou ao Jornal O Estado, que está pronta para assumir novos desafios na Assembleia Legislativa, inclusive pronta para assumir a presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul “se assim for a vontade de Deus”. A declaração concedida ocorreu logo após a expressiva votação da deputada no primeiro turno. Eleita com Mara Caseiro entrou para a história como a deputada mais votada do Estado.
“É a primeira vez que uma mulher assume a primeira colocação em Mato Grosso do Sul e isso é motivo de muita honra, muito orgulho. Agradeço primeiramente a Deus e às pessoas que confiaram no meu trabalho”, disse ela. Sobre a possibilidade de ser presidente da Casa de Leis, a deputada disse respeitar a posição do atual presidente, mas garantiu que vai buscar o seu espaço na Assembleia.
Além de ser a deputada mais bem votada da história do Estado, Mara Caseiro também é a primeira mulher a ser líder do governo estadual na Assembleia. “Tenho ouvido de muitas pessoas que eu tenho de ser presidente (da Assembleia Legislativa). O futuro a Deus pertence, mas a gente tem de sonhar também”, disse ela. Geralmente em MS, o governador elege alguém do seu partido para o cargo, mas nada está cravado para 2023 ainda.
Rito de posse da Mesa Diretora
Conforme o regimento interno da Assembleia o rito indica que às 9h do dia 1º de fevereiro de 2023, os deputados estaduais devem se reunir na sede da Assembleia, independentemente de convocação, para a solenidade de posse e eleição da Mesa, que dirigirá os trabalhos nas duas sessões legislativas.
Feito isso haverá a eleição dos membros da Mesa Diretora, parte de sua coligação: PP, PL, PDT, PSB e Republicanos.
O time do PSDB, mesmo de Eduardo Riedel estão os deputados eleitos: Mara Caseiro, Jamilson Name, Lia Nogueira, Paulo Corrêa, Pedro Caravina e Zé Teixeira. O PDT elegeu Lucas de Lima e o Republicanos
Antônio Vaz, ambos apoiadores de Riedel. Pelo PL, foram eleitos: João Henrique Catan, Coronel David e Neno Razuk. No PP os deputados Londres Machado, Gerson Claro. Desses, geralmente João Henrique é o que pode atuar sozinho como oposicionista.
O PT é um partido que atua de certa forma de maneira independente e vota em acordo com os pedidos envolvendo as classes trabalhadores e a população. Nessa legislatura votou com o governo na maioria dos
projetos e inclusive, petistas pediram votos e apoiaram Riedel. Por isso, não pode ser considerado como oposição. Foram eleitos: Amarildo Cruz, Pedro Kemp e Zeca do PT. O deputado eleito Pedro Pedrossian (PSD), que ganhou o posto após a Justiça decidir que Tiago Vargas (PSD) não está apto, também pode atuar
de forma independente.
O único que pode fazer oposição é o deputado eleito Rafael Tavares (PRTB).
Por Rayani Santa Cruz – Jornal O Estado do MS.
Confira mais notícias na edição impressa do Jornal o Estado de MS.
Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.