A Santa Casa de Campo Grande reforça nesta sexta-feira (14) sobre a superlotação constante enfrentada pelo setor de maternidade do hospital, gerando assistência inadequada aos pacientes puérperas e recém-nascidos internados e que, por vezes, estão em leitos adaptados.
A Santa Casa possui 33 leitos ativos no alojamento conjunto (enfermaria) e está com 100% de ocupação de pacientes internadas, entre tratamento ginecológico, gestantes, puérperas (mãe com bebês recém-nascidos) e isolamento respiratório (Influenza). Além disso, quatro pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) estão internadas em leitos na linha privada e mais três em leitos adaptados no Centro Obstétrico ou em cadeiras.
No Centro Obstétrico existem duas salas cirúrgicas ocupadas e mais cinco salas de PPPs (Pré-parto, parto e pós-parto), sendo que três delas estão interditadas com cinco bebês recém-nascidos aguardando vaga na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, mas que até o momento está sem previsão de vaga.
Ainda existe duas cesarianas indicadas a bebês graves que poderão chegar, ao longo do dia, a sete pacientes interditando salas no Centro Obstétrico. A Santa Casa dispõe atualmente de oito leitos de UTI Neonatal, onze leitos de unidade intermediária neonatal e quatro leitos de unidade neonatal canguru (2 vagas), que estão 100% ocupados.
Mobilização
Devido a situação, foi solicitado ao CRM (Conselho Regional de Medicina) na quinta-feira (13), a vistoria de urgência pelo órgão e, posteriormente, avaliação de uma possível interdição ética do setor até que o caso seja regularizado e que os atendimentos aconteçam de forma adequada e que garantam o exercício da boa prática da medicina.
A Santa Casa ressalta que está, há mais de um ano, encaminhando e notificando as autoridades em saúde pública do Estado e Município, inclusive com acompanhamento do Ministério Público, sobre a necessidade de abertura de leitos neonatais em Mato Grosso do Sul.
(Com informações da assessoria)