Plano de Contigência contra Monkeypox é lançado com orientações e ações estratégicas

varíola dos macacos
Foto: Divulgação/ Prefeitura de Campo Grande

Foi estabelecido nesta terça-feira (30). um Plano de Contingência Municipal para Infecção Humana da Monkeypox (Varíola dos Macacos), que apresenta informações estratégicas e estabelece as orientações epidemiológicas, competências assistenciais e laboratoriais para a gestão dos casos da doença em Campo Grande. O documento foi feito pela Prefeitura por meio da Sesau (Secretária Municipal de Saúde).

O Plano de Contingência tem o objetivo de orientar os profissionais da saúde para a resposta rápida ao atual evento de saúde pública, bem como direcionar as ações da assistência e vigilância quanto à definição de caso de Monkeypox, processo de notificação, fluxo laboratorial e investigação epidemiológica na Capital.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, é importante salientar a natureza dinâmica do plano e a necessidade de reavaliar, sempre que necessário, os prazos e ações propostas em função dos diferentes cenários que, porventura, sejam observados. “A atualização do Plano ocorrerá sempre que necessário, mediante novas evidências científicas. Em relação à incidência de casos, ou não, no Município, seguiremos monitorando e acompanhando todos os dados”.

A organização da assistência aos pacientes também está prevista no documento. Sete unidades sentinelas, uma em cada distrito sanitário, foram estabelecidas para realizar a coleta de exames de pacientes com suspeita da doença.

Distrito Anhanduizinho USF Botafogo

Distrito Bandeira USF Tiradentes

Distrito Centro UBS 26 de Agosto

Distrito Imbirussu USF Ana Maria do Couto

Distrito Lagoa USF Batistão

Distrito Prosa USF Mata do Jacinto

Distrito Segredo USF Vida Nova

Todas as 73 UBS  (Unidades Básicas de Saúde) e USF (Unidade de Saúde da Família) poderão dar a assistência e fazer o acolhimento do paciente. “É importante ressaltar que se a pessoa apresentar algum sintoma ela deve primeiramente ligar para o nosso serviço de Teleatendimento. Por lá ela será orientada a tomar a melhor conduta. Estas unidades sentinelas são referenciadas somente para a coleta, isso não significa que o paciente deve procurar somente elas. Esse fluxo de referência é somente para o serviço”, explica a superintendente.

Além de receber orientações, estes pacientes também serão monitorados pelo serviço de Teleatendimento. O serviço funciona diariamente, de 07h às 19h, pelo número 67 2020-2170.

O Plano de Contingência Municipal para Monkeypox está disponível para consulta pública. Para fazer o download da 1ª versão, clique aqui: https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/downloads/plano-de-contingencia-monkeypox-1a-versao/ 

Até o momento, há 69 casos notificados da doença no Município, sendo 20 descartados, 37 suspeitos e 12 confirmados. Todos do sexo masculino. A média de idade é de 34 anos.   O primeiro caso foi registrado em julho em Campo Grande.

Transmissão

A varíola dos macacos é transmitida pelo contato com a pessoa infectada, o vírus pode entrar no corpo pelo sistema respiratório, olhos, nariz, boca ou por lesões na pele. Apesar disso, a doença não se espalha facilmente.

Sintomas

Os sintomas se manifestam entre 5 e 21 dias e incluem febre alta e de início súbito, dor de cabeça e garganta, erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo podendo deixar cicatrizes visíveis na pele dos pacientes e inchaço dos gânglios nas regiões cervical, axilar e pélvica.

A coceira persistente e dolorida é outro sintoma e passa por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até formar uma crosta.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclarece que assim que os sintomas são identificados, o paciente suspeito entra em isolamento total, podendo ser domiciliar, e só recebe alta após a cicatrização total de todas as feridas. O procedimento foi aplicado em todos os casos confirmados em Campo Grande.

Prevenção

Para prevenir o contágio, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda o uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos, e evitar o compartilhamento de itens pessoais, como lençóis, talheres, toalhas e roupas, medidas que também auxiliam na proteção contra a Covid-19.

Apesar de não ser considerada uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um alerta para que homens que se relacionam sexualmente com outros homens reduzam o número de parceiros. A medida foi aconselhada após ser identificado que grande parte dos casos notificados de varíola dos macacos são de homens gays ou bissexuais.

Com informações da repórter Lethycia Anjos.

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