Paineiras dão toque de cor para as avenidas da Capital e viram ponto de lazer

Foto: Divulgação
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As flores rosas que formam um corredor no córrego Prosa marcam a chegada do outono na cidade, a espécie, que transforma o visual das avenidas nessa época do ano, auxilia no ecossistema. Para aproveitar o cenário que as árvores paineiras oferecem na avenida Ricardo Brandão, empresa local criou um espaço de lazer para os funcionários, que acabou sendo adotado por todos que passam por ali.

A paineira marca presença no final do verão e início no outono, diferente das outras espécies que costumam florescer na primavera. O biólogo, José Milton Longo, explica essa característica divergente. “Elas florescem de acordo com o seu próprio ciclo, sua ecologia, seu ciclo de vida, elas têm essa particularidade. É uma espécie típica de florescimento nessa época do ano, no final do verão e início do outono, porque oferece as melhores condições, comprimento de onda, umidade, que atende as necessidades da espécie, os seus requisitos”.

Muitos cofundem a paineira com o nosso ipê, o biólogo revela que elas ter muitas características parecidas, que vai além da beleza, porém elas são de famílias diferentes. O ponto principal de distinção, são as estações que elas florescem. “A paineira é diferente do ipê, embora muitas pessoas confundam, porque as flores têm uma semelhança de cor e talvez de formato, mas são espécies de famílias distintas. A paineira é uma Bombacaceae, família das barrigudas, e o ipê é da Bignoniacae, os frutos também são diferentes, a paineira tem um fruto parecido com uma bolinha, uma estrutura oblonga, tem a paina no interior, já o Ipê faz aquelas vagens que são dispersas pelo vento. Mas, todas são muito importantes para o ecossistema”.

A espécie é nativa da América do Sul, comum no Cerrado e também Mata Atlântica. Em Campo Grande, elas são encontradas em alguns pontos da cidade, como no Parque dos Poderes, em um trecho da avenida Ernesto Geisel e principalmente nas avenidas Fernando Corrêa da Costa e na Ricardo Brandão. Nesse último ponto, vem de um projeto de urbanização, para dar vida ao lugar.

“O fato de ter essas árvores na Ricardo Brandão foi parte do projeto mesmo de urbanização, quando eles fizeram esse fundo de vale, eles [poder público] plantaram as paineiras no projeto urbanístico. Elas se dão muito bem ali. E tem algumas também distribuídas ao longo da cidade, tem no Parque dos Poderes, lugares que elas também demonstram esse espetáculo de rosa. Encanta as pessoas, ela é muito bonita mesma. Então, ela é uma das espécies que compõem a urbanização pública da cidade”, revela José Milton.

Com o intuito de preservar o meio ambiente, a empresa localizada na avenida Ricardo Brandão, fez um espaço para os funcionários, que acabou sendo um lugar frequentado por muitos que passam por ali. O diretor de operações, William Pereira, conta que a ideia veio ao ver o espaço se degradando aos poucos pela população. Ainda revela que as pessoas vão ali desde reunião até o churrasco no final de semana.

“Colocamos a grama e já deu essa revitalizada, posteriormente, colocamos também os banquinhos. Então, tornou um espaço coletivo, de lazer, o pessoal na hora do almoço, fica ali sentado, às vezes a gente faz reunião, a vizinhança daqui vai lá, senta. Outro dia tinha o pessoal da coleta de lixo, estavam almoçando, botaram uma mesinha e fizeram a refeição. Tem gente, às vezes no final de semana, que faz churrasco. É uma área pensando nisso, na convivência, para quem precisar”.

Com a ideia dando certo, eles resolveram construir um outro parquinho, em frente a outra unidade da loja, para que mais gente tenha oportunidade de aproveitar o espaço e a vista, principalmente, do outono com as flores rosas. “A gente tem um outro prédio aqui na esquina da Rio Grande do Sul que a gente está fazendo a mesma coisa também. A ideia é sempre preservar, a gente colocou umas placas ali com a regra de não jogar lixo no chão e conservar o local, além de indicar que a área foi feita pela empresa privada. Colocamos também iluminação, a noite acendemos, tem água para molhar a grama, estamos sempre cuidando. Enfim, uma medida para não deixar de ser o barranco que era, pra gente conseguir ter um espaço de convivência, de reunião, de bate-papo. Eu acho muito legal isso, porque é uma forma de você estar em contato com a natureza e também preservar a cidade”, finaliza o diretor.

Por Inez Nazira

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