A população de Campo Grande poderá realizar serviços como aferição de pressão e glicemia e obter orientações jurídicas e de saúde, tudo de graça. A ação social será realizada na próxima sexta-feira, dia 26 de julho, das 12h às 17h, na Praça Ari Coelho, no centro da cidade. A iniciativa marca o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho e é promovida pela Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul com o apoio de instituições parceiras.
A juíza do trabalho Hella de Fátima Maeda, gestora do Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho e uma das organizadoras do evento, explica a importância da data. “Queremos chamar a atenção da população para a saúde e segurança do trabalhador. Afinal, todos precisamos do trabalho e por isso devemos garantir um meio ambiente hígido, livre de acidentes. O trabalho deve ser instrumento de dignificação de todos e não causa de morte e doenças”.
No ano de 2023, foram recebidos 3.261 novos processos sobre doenças ocupacionais e 2.723 ações referentes a acidentes de trabalho, pela Justiça do Trabalho em Mato Grosso do Sul. Quem tiver dúvidas sobre o assunto, poderá ir até a praça conversar com juízes e advogados.
Acidentes de trabalho
Nos últimos 10 anos, foram gastos R$ 387 milhões com auxílio-doença por acidente de trabalho em Mato Grosso do Sul. A série histórica engloba dados de 2012 a 2021, quando foram destinados R$ 609 milhões para aposentadoria por invalidez por acidente de trabalho, no Estado.
Os dados mais recentes, de 2022, indicam que a cidade com mais notificações de acidentes de trabalho foi Campo Grande (41,3%), seguida por Dourados (10,3%) e Três Lagoas (7,04%). Ao todo, foram registrados 10 mil acidentes, com 58 mortes, no Estado.
O setor econômico com mais notificações foi o de atividades de atendimento hospitalar. Só em 2022, foram registrados 690 acidentes envolvendo técnicos de enfermagem e 167 com enfermeiros. Outras ocupações com mais incidência são alimentador de linha de produção (404 casos), faxineiro (267 casos), motorista de caminhão (250 casos), trabalhador agropecuário (154 casos) e coletor de lixo domiciliar (153 casos).
Já as mortes por acidentes de trabalho em Mato Grosso do Sul, analisando a série histórica, acontecem principalmente com motoristas de caminhão e de ônibus rodoviário, caldeireiro, soldador, pedreiro, operador de máquinas de construção civil e mineração, e trabalhador volante da agricultura. A cada 10 acidentes, sete ocorreram com homens. Entre eles, a maioria dos casos acontece na faixa etária dos 18 a 24 anos, enquanto entre as mulheres, a maior incidência ocorre entre 30 e 34 anos.
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