Especialista explica sobre infecção urinária de repetição e diz que patologia é mais comum nas mulheres

Foto: Divulgação
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A patologia é uma das mais comuns, tanto em homem, como em mulher. Mas, é mais comum nas mulheres em razão da própria anatomia e por essa razão em mais de 90% das vezes, consegue atingir a bexiga. Um exemplo é de quando você, com o grande volume de afazeres na rotina, acaba tornando hábito o ato de “segurar o xixi”, sem ter conhecimento dos problemas de saúde que isso pode acarretar.

De acordo com o urologista da Unimed de Campo Grande,  Dr. André Luis Alonso Domingos, a infecção urinária é mais comum nas mulheres após o primeiro ano de vida até os 60 anos de idade. “Grávidas também têm uma predisposição maior, por conta dos fatores anatômicos, já que o útero vai crescer e comprimir a bexiga e o ureter. Sem contar que as gestantes têm uma alteração hormonal importante, causando um relaxamento dessas estruturas, o que leva a estase urinária (quando a urina fica “parada” e tem dificuldade de esvaziar), e isso facilita a contaminação e proliferação de bactérias, e ascensão delas para a bexiga e o rim”, explica.

Causa – Normalmente essa infecção traz sintomas como aumento da frequência de micção, em alguns casos dor ao urinar, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, em casos raros como em cistites, pode dar febre e também intermitência miccional.

Drº André Luis Domingos (Foto: Divulgação/UnimedCG)

Infecção urinária de repetição  – Não é comum, nem normal, que essa situação seja recorrente, mas a infecção urinária de repetição é definida pela literatura como a infecção que ocorre duas vezes em um semestre ou três vezes no ano.

“É importante frisar que a infecção precisa ser comprovada, não basta ser qualquer sintoma, até porque existem outras doenças que podem simular, ou mimetizar, a infecção urinária, como pedra no canal da urina, tuberculose e pacientes que já fizeram radioterapia, entre outros”, explica.

Cistite – É um tipo de infecção urinária. Nem toda cistite, que é a inflamação da bexiga, é causada por um processo infeccioso. A maioria é, por bactérias, mas também existe cistite por radioterapia, por exemplo.

“A cistite que todos conhecem, que é a bacteriana, é muito comum nas mulheres. Uma forma de se protegerem disso é que elas não segurem a urina, pois a micção é o principal fator de proteção para que a bactéria não se perpetue na bexiga, já que às vezes ela está presente na urina, mas não consegue aderir na mucosa da bexiga e causar a infecção, então ao urinar há a eliminação”, diz.

Outras medidas preventivas essenciais são ingerir água todos os dias, urinar após as relações sexuais (não é que a infecção urinária é transmitida desta forma, mas o ato sexual facilita com que essa bactéria consiga subir na bexiga. Além disso, existe um tipo de cistite, a cistite intersticial, que não é causada pela bactéria, é mais comum em pacientes ansiosos e está relacionada ao estresse. “Tem os mesmos sintomas da infecção urinária por bactéria, por isso, para saber a diferença, é necessário identificar por meio de exames. É uma situação que causa muito incômodo, então buscar atendimento médico é necessário e muito importante, além de seguir as medidas preventivas”, finaliza.

*Com informações Assessoria Unimed Campo Grande

 

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