Pesquisadores da UFMS em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) estão desenvolvendo um estudo que avalia os impactos do uso de celulares no equilíbrio de pedestres. O projeto é apoiado pela Fundect.
A ideia é analisar como o uso do celular afeta no equilíbrio estático e dinâmico das pessoas seja na atividade de digitação de mensagens ou conversação com as pessoas paradas em pé ou durante caminhada. O estudo também deixa o alerta do risco para o equilíbrio ao fazer tarefas duplas.
A pesquisa possui cerca de 100 participantes, divididos em grupos para análise da caminhada com ou sem o celular, em ambiente controlado e em ruas públicas, com a presença de obstáculos, irregularidades de calçadas e outras situações reais. Os grupos são formados por voluntários de idades e condições físicas distintas.
“A ideia é avaliar quais fatores estão mais vinculados ao desequilíbrio de dupla tarefa, se é o sexo, nível de escolaridade, idade, presença de doenças e afecções neurológicas, como a doença de Parkinson”, explica o professor Gustavo Christofoletti, coordenador da pesquisa e professor do Instituto de Saúde Integrada.
Equipamentos de ponta para análise de movimentos são utilizados pelos pesquisadores durante os testes dos voluntários. Um dos equipamentos, o Baiobit, é de origem italiana e verifica a angulação e deslocamento, com análise da marcha por meio de sensores de movimentos. Parte da investigação também é feita com o Baroscan, que permite a análise da preensão plantar, a forma como ocorre a descarga do peso no pé de indivíduos parados ou andando, com ou sem o celular.
O estudo já obteve resultados que jovens e idosos têm o equilíbrio afetado, devido a distrações, redução de velocidade, dificuldades de elaboração de mensagens, o que pode causar acidentes, riscos à saúde e gastos públicos. Contudo, idosos tendem a sofrer mais consequências devido as questões do envelhecimento. Esses resultados já foram publicados em periódicos nacionais e internacionais.
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