Em 2021, os policiais militares ambientais capturaram 2.766 animais silvestres nos perímetros urbanos, além de 75 bichos vítimas de atropelamento nas rodovias de Mato Grosso do Sul. Isso significa que, em média, quase 8 são recolhidos diariamente nas cidades.
Muitas vezes, os animais aparecem em locais inusitados, como o tamanduá-bandeira adulto capturado na segunda-feira (10) em uma igreja na cidade de Sonora. Ele não conseguia sair e a PMA (Polícia Militar Ambiental) teve que resgatar e soltá-lo no seu habitat natural, em uma vegetação distante da cidade.
Foram 129 atropelamentos de bichos no ano passado. Feridos, eles são levados para o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), que é referência no tratamento e reabilitação. Hoje, o hospital veterinário especializado está com cerca de 200 animais, como aves, macacos-prego e grandes felinos.
É no verão que o atropelamento desses animais se torna mais provável. Segundo o veterinário Lucas Cazati, nesta estação do ano nascem os filhotes de várias espécies, como dos quatis. “Eles deixam para ter filhotes quando a temperatura é alta e tem abundância de alimento”, explicou Cazati.
E aí passa a ser mais comum cenas de animais recém-nascidos atravessando as ruas e avenidas acompanhados dos pais e de atropelamentos, como o registrado na sexta-feira passada, dia 7, de um filhote no Parque dos Poderes, em frente à TVE. O quati foi resgatado e levado pela PMA ao Cras.
O que fazer?
Quem se deparar com um animal silvestre ferido deve entrar em contato com a PMA, que fará o resgate. A orientação é evitar se aproximar do bicho, principalmente de grandes mamíferos e animais peçonhentos, que podem se sentir acuados e atacar. Já no caso de filhotes, a mãe pode estar por perto e atacar para defender a cria. Os telefones da PMA em Campo Grande são o (67) 3357-1500 e o (67) 9984-5013.